O
último avivamento
Talvez,
quando nós pensamos – e desejamos – avivamento, não compreendemos a plenitude
de tudo o que ele envolve. Certamente, o avivamento não é romântico. Ao
olharmos para a história da Igreja primitiva, os cristãos eram vistos como “homens
que têm causado alvoroço por todo o mundo,” (At 17.6). Este alvoroço, na
verdade, é avivamento. Poder e Glória de Deus manifestada aos homens por meio
da Igreja.
Não
quero falar aqui sobre o avivamento em si, mas gostaria de falar um pouco sobre
o impacto que o último e grande avivamento desencadeará na política e na
economia global. Antes, quero contextualizar um pouco.
Após
a Queda, todas as áreas da vida do homem foram influenciadas pelo pecado. O
pecado interferiu na integridade do homem. Esta é a depravação total. Sendo
assim, o homem caído tem uma mentalidade deturpada e uma perspectiva
distorcida, distante da verdade do Evangelho. O que acontece quando uma
comunidade de homens caídos se associam? Eles começam a se relacionar de forma
caída, a cultivar uma cultura caída, e assim, desenvolvem um sistema para
servi-los, que também é caído, estamos vivenciando isso no Brasil e no mundo
onde predomina principalmente o Socialismo e comunismo que são governos
ditatoriais.
Todas
as ideologias existentes e todos os sistemas pensados e instituídos no mundo
hoje são caídos. Se um é menos desigual que outro, se um serve mais a sociedade
do que outro, se um é totalitário e outro não, nada disso importa. Todos, sem
exceção, foram criados a partir do pecado, e dessa forma é impossível haver
redenção.
De
maneira muito clara eu digo: nenhuma mudança política, econômica e social irá
satisfazer o anseio do nosso coração de ver justiça sendo estabelecida. Nossa
esperança deve estar somente em Cristo Jesus.
Embora
os processos políticos e as obras sejam fatores muito importantes para mudanças
políticas e sociais, eles são incapazes de derrubar, de uma vez por todas, a
injustiça. Por quê? Porque a fonte de toda injustiça é, primeiramente,
espiritual. Se a injustiça veio com a Queda do homem, isto é, com o pecado, a
justiça não virá por meio dos governantes desta terra, mas com a plena
redenção, por meio de Jesus Cristo – O Cordeiro que tira o pecado do mundo. Um
dos significados de justiça – mishpat – é tornar o errado certo; dar a um o que
lhe é devido. E esta autoridade, só o Messias possui.
Agora
você deve estar se perguntando “okay, mas o que tem a ver avivamento e
santidade, política e economia?”. Tendo tudo a ver. O grande avivamento foi o
cumprimento da profecia descrita em Joel 2: resumindo, o Espírito veio sobre
toda carne naquela ocasião, na vida daqueles que foram obedientes a voz de Deus
e permaneceram em Jerusalém até que foram revestidos de poder para serem
testemunhas de Cristo.
Da
mesma forma Deus continua derramando de Seu poder sobre a Igreja para continuar
a testemunhar de Cristo, pois em nossos dias a frieza tem se alastrado e
tomando conta da vida de muitos. E essa frieza espiritual é fruto da politica,
da economia, das modas, dos costumes, das desconstruções de valores,
principalmente dos valores familiares.
Nesse
contexto, a igreja esta lutando para desfazer o que o mundo esta fazendo e
promovendo no seio da família. É bom ver o engajamento da Igreja em salvação de
almas em massa, a igreja envolvida em movimento intenso de oração e missão em
todas as nações. O Evangelho do Reino esta sendo pregado em todo mundo, mas
quem esta dando crédito a nossa pregação como disse Isaias?
Agora
imagina comigo, um povo cristão vivendo uma vida de santidade, experimentando o
maior avivamento onde milhares e milhares de pessoas vão sendo transformadas
pelo poder do Evangelho, nascendo de novo e isso só passa a acorrer quando
homens e mulheres decidem viver uma vida de santidade para com Deus.
Quero
compartilhar um trecho do livro, “A Fúria das Nações”, do David Sliker:
“Para
os profetas, o avivamento era uma tempestade. […] As pessoas assumem
ingenuamente que “avivamento” significa “todos estão”, mas historicamente, esse
não tem sido o caso, historicamente e biblicamente, avivamento sempre
significou “todos se decidem”. […] Em uma escala maior, a qual a bíblia nos
informa que acontecerá como um evento futuro, a tomada do poder de Deus
funcionará como uma tempestade de glória esmagadora. [..] “Por que o avivamento
do Fim dos Tempos irá perturbar tanto as nações? A razão pela qual irá afetar
as nações como uma tempestade é que o derramar final do Espírito irá
repentinamente depositar um poder real sobre a Igreja em meio às nações, o
avivamento irá produzir uma mudança drástica de poder […]. E qualquer novo
poder será uma ameaça para o poder mais estabelecido.”
Qual
é a mensagem do Evangelho? Por causa do pecado, Deus enviou Seu Filho. Ele
morreu na cruz carregando o nosso pecado, venceu a morte, ressuscitou – e o mesmo
Espírito que trouxe Jesus de volta à vida é o mesmo que nos regenera e nos
filia a Deus – e hoje está a destra do Pai. Só Ele foi achado digno, entre
todos. E este mesmo Jesus retornará para terra e julgará as nações, julgará
cada um conforme as suas obras e estabelecerá o Seu governo, com toda a
autoridade!
Mas,
o que precisamos notar é que antes de Jesus voltar, a Igreja estará em seus
dias tenebrosos, porém mais gloriosos. Todas essas pessoas que foram impactadas
e transformadas pela verdade e poder do Evangelho, nasceram de novo e tiveram
suas mentes renovadas, tiveram também, seus valores transformados. O que antes
era influenciado pelo pecado, a partir do novo nascimento, são agora influenciados
pelo Espírito de Deus, pela vida de Jesus. Porem é preciso manter uma vida de
santidade porque em breve nos encontraremos com Cristo no grande dia do
arrebatamento da igreja.
Os
nascidos de novo, que levam uma vida de santidade, jamais serão influenciados
por este mundo nem por suas tendências; muitas pessoas querem fazer o que mundo
faz: Uso de tatuagens, piercings, bebidas alcoólicas, homens com cabelos
crescidos e tantas outras tendências malignas, pois o mundo jaz no maligno, e
somente uma pessoa que nasceu de novo da agua e do espirito, que pauta a sua vida
e sua conduta na santidade de Deus é que resistirá e não será influenciada
pelas tendências do maligno.
Uma
sociedade – pensemos em escala global, nas nações – que antes investia seu
dinheiro em lojas, novos aparelhos eletrônicos, nos produtos da última geração,
em carros caros, grandes casas. Podemos ir até mais fundo, ao invés de gastarem
em prostituição, drogas ilícitas, ou em qualquer outra forma corrupta e cheia
de impiedade, agora, com o poder do Evangelho, irão investir tudo o que
possuem, não para beneficiar a si mesmos, mas para beneficiar o próximo, a
Igreja, como vemos acontecer em Atos 4.32-35. Irão semear em vida, e não em
morte. Um sistema irá cair. A economia construída em cima de imoralidade,
corrupção, idolatria e impiedade cairá, a empresa de tabaco irá falir, empresas
de bebidas alcoólicas irá falir, os tatuadores irão, a empresa pornográfica irá
falir, – como vemos em Atos 19.23-27, na
igreja de Éfeso, e na província da Ásia. Os cristãos não se envolverão mais com
o mundo, não entregará a ele sua vida, seu dinheiro, seu tempo, eles escolherão
ser amigos de Deus. (Tg 4.4)
O
Evangelho vai contra o individualismo, egocentrismo e consumismo. O Evangelho
não tem política de reconhecimento para nenhum grupo ou indivíduo senão o
Cristo. O Evangelho irá confundir todas as ideologias possíveis. O Evangelho é
ameaçador porque rompe com o padrão perpetuado e conhecido ao longo dos anos.
Ele atravessa a cultura. O Evangelho é uma boa nova. E o novo, ainda que bom, é
subversivo.
O
Evangelho irá confrontar com todo o padrão mundano, cultura, sistema social,
econômico e político. E à medida que os líderes e governantes mundiais, os
governantes desta era, começarem a reparar no “alvoroço em todo o mundo”, a
Igreja, proclamadora do Evangelho do Reino, será alvo de perseguição, e vem
sendo perseguida, e o Rei que virá, será encarado como uma ameaça real a ser
combatida.
Agora,
pense comigo: se você fosse um presidente de uma nação bem poderosa, como os
EUA, e você soubesse que existe um homem chegando para destituir você do poder,
para que Ele assuma. Não é uma ameaça política? Uma ameaça ao poder
estabelecido?
Então,
podemos concluir: o Evangelho do Reino, que esta sendo pregado a todos os povos
e nações, é uma mensagem política. Jesus é Rei, e Ele virá governar as nações.
Ninguém poderá detê-lo. O poder não vai ser do povo, nem dos grandes líderes
políticos. Nenhum poder, seja qual for, irá superar a autoridade de Jesus
Cristo. E isso esta aterrorizando os líderes mundiais pecaminosos. A reação
destes governantes pode ser vista em Salmos 2: “Por que se enfurecem os gentios
e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes
conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido, dizendo:” Rompamos os seus
laços e sacudamos de nós as suas algemas.” (Sl 2.1,2)
Eles
tentarão se livrar, se unirão para escapar do Messias, mas nada poderá impedi-lo.
Deus constituiu Jesus Rei e as nações são Dele por herança, toda a terra
pertence a Ele.
Quando
Jesus vier para arrebatar a sua igreja e depois governar, Ele não irá olhar
para aquilo que é “religioso/sacro” ou aquilo que é “secular” e fazer distinção
entre eles. O crivo de distinção de Jesus será: o que é obediente e o que é
desobediente; Oque é santo e oque é profano. Oque crê e oque não crê; O que se
submete ao Seu governo, ou o que é rebelde à Sua liderança. Ninguém pode servir
a dois Senhores. (Mt 6.24). Beije o Filho para que não se ire e pereça no
caminho. (Sl 2.12) Você está disposto a se submeter a liderança de Jesus? Só
existe um caminho para todos os cristãos, a Igreja: paixão, intimidade e
obediência a Jesus, ou seja uma vida de Santidade.
E o tema da santificação, infelizmente, muitas
vezes é desenvolvido numa perspectiva negativa, e perde-se a glória e a beleza
que o assunto reflete. É preciso enfatizar que a vida de santidade está
amparada na glória de Deus. O Deus Santo nos separou, nos tomou para Ele. Não
há outra opção, não podemos dividir sua glória, pois Ele não a dá a outrem.
Assim, santidade é a capacidade de viver aqui na
Terra de modo que enalteça o nosso Deus. Quem experimenta verdadeiramente o
novo nascimento não se contenta em viver de maneira menos elevada do que
preceitua o santo Evangelho. Somos chamados para ser embaixadores do Reino de
Deus. Representamos um reino glorioso, majestoso e amoroso. Não há como desejar
nada inferior a isso.
Deus é absolutamente santo; Sua santidade é
infinita e inigualável; Ele é santo em si mesmo, em sua essência e natureza (Ap
15.4). Sua vontade é que os crentes reflitam esse caráter de santificação no
seu modo de vida. Vamos ver, então, o que é ser santo e a necessidade de se ter
uma vida santa.
É preciso ter uma vida santa, estar comprometido
com a ética do Espírito.
Pastor Samuel Mendes de Sales
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