A divisão da história ocidental:
a) Antiguidade –
período em que o relacionamento com a Divindade modula toda a vida humana
b) Medievo –
período em que a Igreja Romana modula toda a vida humana
c) Modernidade –
período em que a razão passa a modular toda a vida humana – a “secularização”
d)
Pós-modernidade – período em que há uma descrença generalizada na humanidade,
que busca criar formas de modular sua vida mediante um equilíbrio entre razão e
religiosidade – divinização do homem.
2. Nestes dias trabalhosos (II Tm.3:1), o mundo sofre duas multiplicações:
a) a
multiplicação do pecado – Mt.24:12
b) a
multiplicação da ciência – Dn.12:4
3. O aumento do
pecado tem feito com que a humanidade perca a referência entre o certo e o
errado. Vivemos na “pós-modernidade” ou “modernidade líquida” – “ a vida na
sociedade líquido-moderna é uma versão perniciosa da dança das cadeiras, jogada
para valer. O verdadeiro prêmio nessa competição é a garantia (temporária) de
ser excluído das fileiras dos destruídos e evitar ser jogado no lixo” (Zygmunt
Bauman)
Sem Deus, o homem não sabe mais o que é certo
ou o que é errado – Is.5:20
4. O mundo em que estamos vivendo orgulha-se de
estar se distanciando dos ensinamentos do Filho de Deus. São “pós-cristãos”, estão em uma “Nova Era”.
A Igreja, pois, que é o Corpo de Cristo (I
Co.12:27), tem de enfrentar todas estas circunstâncias e continuar a dizer que
a única solução, a única esperança para o homem é crer em Jesus como seu único
e suficiente Senhor e Salvador.
5. Na “pós-modernidade”, depois do fracasso da ideia de que a razão levaria o homem à felicidade, a humanidade simplesmente descrê na existência da verdade, acreditando que tudo é relativo.
O mundo pós-moderno é um mundo descrente, que
não pensa em Deus nem em algo que vá além do que se vê – é o “absolutismo da
técnica”.
6. A árdua tarefa da Igreja: ter de pregar e ensinar a Palavra de Deus, ensinar a verdade para um mundo que não crê mais na verdade, para um mundo onde “tudo é relativo”, onde não mais existem absolutos, onde não há mais certo ou errado. – I Co.1:17-25.
No ensino da Palavra de Deus aos crentes, a
Igreja deve estar consciente que deverá lutar duramente contra os falsos
conceitos relativistas que predominam na atualidade no mundo, a começar do
sistema educacional, impregnado pelo “mistério da injustiça” (II Ts.2:7), pelo
“espírito do anticristo” (I Jo.4:3).
7. Desde a criação ao homem tem sido proposta uma conduta ideal, qual seja, a obediência a Deus e a Seus mandamentos, que é a ética divina, a verdadeira ética. – Gn. 2:16,17; Ec.12:13
É imperioso que o cristão tenha um
comportamento diferente do que não é cristão, pois somente o cristão genuíno
está a se conduzir conforme a vontade de Deus. – Ef.2:1-3; I Co.2:14-16.
8. A ética cristã caracteriza-se por ser um comportamento assumido por um indivíduo que o faz exclusivamente pela fé. – Gn.3:1-6.
Quem não tem fé, não vive a ética verdadeira.
– Hb.11:6; 4:2.
9. Sob um
discurso de tolerância e de liberdade, o mundo, hodiernamente, defende a ideia
do "relativismo ético", ou seja, nega que haja padrões de
comportamento válidos para todos os homens, independentemente da época, da
cultura ou da vontade de cada ser humano.
Existe, sim, uma conduta que deve ser
perseguida pelo ser humano, que é a conduta determinada por Deus, por Ele
revelada em Sua Palavra, que deve ser a nossa única regra de fé e prática. –
Gn.1:1; 2:16; Sl.24:1; Hb.4:13.
10. A inobservância do padrão bíblico gera a ira de Deus sobre os desobedientes (Rm.1:18).
Por causa do
"relativismo ético", é que se tem um vazio nas relações humanas, uma
perplexidade quanto aos rumos e às orientações que se devam tomar no tratamento
dos principais problemas morais. – Jo.15:5
11- A Igreja é
um povo que, liberto do mal (Jo.17:15), bem como do pecado (Jo.8:32-36), tem o
devido discernimento do que é certo ou errado, do que agrada e do que não
agrada a Deus e, portanto, age com plena liberdade, pois não está mais
escravizada pelo pecado.
- O cristão
somente deve praticar o que seja bom para edificação, o que seja verdadeiro,
honesto, justo, puro, amável, de boa fama e em que haja alguma virtude e algum
louvor (Fp.4:8), coisas que correspondem ao fruto do Espírito e contra o que
não há lei humana que possa querer evitar (Gl.5:22,23).
12. Relativismo – linha de pensamento que nega que possa haver uma verdade
absoluta e permanente, ficando por conta de cada um definir a ``sua`` verdade e
aquilo que lhe parece ser o seu bem (Felipe de Aquino) - Jo.18:38
- A Igreja
rejeita o relativismo pois a verdade existe, pois é o próprio Deus (Jr.10:10;
Jo.14:6), revelada pelas Escrituras (Jo.17:17)
13. O
relativismo moral não se justifica pela variedade cultural.
- A diversidade
cultural é obra divina (Gn.11:7,8), mas não anula a principiologia ética
estabelecida por Deus na criação e renovada após o dilúvio (Gn.9:1-17) –
Ap.5:9; 18:23,24.
14. A Igreja
deve respeitar a cultura do povo evangelizado. A pregação do Evangelho
encarrega-se de modificar a cultura, tirando seus elementos pecaminosos. –
At.19:18-20.
- A “enculturação”
do Evangelho – “encarnação”, transformação e modificação cultural. – I
Ts.1:5-10.
15. O servo de
Deus deve seguir os valores absolutos determinados por Deus mesmo quando forem
zombados pelos orgulhosos (Sl. 119:51).
- Que cada um de
nós possa ser um verdadeiro imitador de Cristo e não nos deixemos levar pelo
relativismo moral ( I Co.11:1; II Tm.4:5)
16. Ter uma fé clara é rotulado como fundamentalismo. O relativismo predominante não admite qualquer atitude que não seja a negação da verdade e do definitivo – tudo tem de ser “politicamente correto”.
- O relativismo
é opressor, não admite a dissonância, tendo verdadeira aversão pelo sacrifício
e pela renúncia, o caminho do cristão – Mc.8:34; Lc.9:23
17, No mundo pós-moderno, o cristão deve prosseguir proclamando o Evangelho e vivendo a verdade da Palavra de Deus, o que se faz pela OBEDIÊNCIA – I Jo.2:15-17; I Co.15:58; Hb.12:1-3,14; II Tm.4:7,8; Rm.12:1,2.
- RESISTIR ao
mundo pós-moderno e a seus valores, estando, assim, em comunhão com o Espírito
Santo (II Ts.2:3-7) – Ef.6:10-13; I Pe.5:8,9; Tg.4:7.
OBEDECER E RESISTIR ATÉ O FIM – Mt.24:13; Dn.12:13.
Pastor Caramuru Afonso Francisco
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