quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

O Desafio do Obreiro em um Mundo Pós Moderno


O Desafio do Obreiro em um Mundo Pós Moderno

No que se refere a pós modernidade, é difícil encontrar uma definição fechada, já que uma de suas ênfases é a falta de padrão e de definição. No entanto, ela pode ser compreendida como um movimento da cultura que rejeita os valores da modernidade, olhando com desconfiança os princípios racionais, supostamente universal, desenvolvidos anteriormente. A Pós Modernidade é contraria à logica e ao sentido das coisas, afinal de contas, ela valoriza tudo aquilo que foge ao padrão pré-estabelecido.  

O mundo Pós-Moderno desvaloriza a lógica e o sentido das coisas, dando ênfase ao que foge à regra. Percebe-se que essa mudança foi significativa e trouxe sérias complexidades à vida das pessoas, além de um grande desafio à igreja que deseja ser fiel a Deus em sua missão. A principal marca dessa mudança foi a renuncia do pensamento moderno alinhando à razão e que defende a mente humana como habilitada para entender tudo o que ocorre no mundo e a aderência ao pensamento pós moderno no qual se nega o padrão das coisas e a crença absoluta em algo, inclusive na capacidade humana. Trata-se da deslocação da objetividade para a subjetividade.

As crenças pós modernas foram tão bem elaboradas e têm sido tão eficazmente disseminadas pelos meios de comunicação que, mesmo sem perceberem, as pessoas têm sido influenciadas pela mentalidade pós moderna. Este cenário impõe à igreja o desafio de ter de se decidir o que fará, já que não é possível assumir uma postura neutra, mas, ao contrario disso, ou o povo de Deus assume sua identidade doutrinaria e anuncia a verdade, ou se rende aos desvios doutrinários deste tempo.

 

A Pós Modernidade e os Fenômenos

A pós modernidade tem os seus próprios fenômenos e é por meios deles que as bases solidadas da Palavra de Deus podem ser enfraquecidas, e até mesmo destruídas, caso a igreja não os combata.  Estes são os principais fenômenos pós modernos:

a)      Pluralização

b)      Secularização

c)      Globalização

d)     Privatização

e)      Hedonismo

f)       Relativismo

A pluralização propaga a miscigenação (mistura) de valores, conceitos e ideologias, questionando a suficiência da verdade que é Cristo. Ela dá ênfase também a tudo aquilo que é estranho e extravagante, fazendo com que as pessoas estejam abertas a tudo, acreditando em tudo, ainda que fuja daquilo que é considerado normal ou estabelecido pela Palavra de Deus.

A secularização, por sua vez, de acordo com o Novíssimo Dicionário da Língua Portuguesa, é o ato ou efeito de secularizar. Secularizar é tornar secular ou leigo o que era eclesiástico. Além disso, secular significa aquilo que não pertence a ordens religiosas. Daqui advém o politicamente correto, uma das forças propulsoras da pós modernidade, pois no altar da aceitação popular, valores inegociáveis da Palavra de Deus, como pureza na sexualidade, modelo tradicional da família e o respeito em seus mais variados sentidos, são sacrificados. A secularização tem prejudicado a saúde espiritual da igreja, principalmente por promover a mistura do santo com profano, do religioso com o não religioso. A secularização rouba e exclusividade tanto do individuo e da doutrina bíblica, e a exclusividade é uma das principais marcas da santidade. Isso implica em dizer que a secularização se opõe à santidade, e isso desagrada a Deus. (2 Co 6.14,15).

A globalização, trabalha pela unificação dos contextos políticos, socias, culturais e econômicos com a missão de manter o “deus” chamado “mercado”. Este fenômeno oferece a falsa sensação de domínio por intermédio do movimento do mercado, que é mantido pelo comunismo, que sempre dá “razão ao cliente” Dito de outra forma, a globalização reafirma a mentalidade pós moderna em dar centralidade ao homem e alimentar seu ego. No que se refere à igreja, o período da globalização está em sua missão de nivelar o mundo quanto ao pensamento, à cultura, ao padrão de beleza e sucesso, à economia e à política, e nisso tudo a igreja deve estar atenta para que não renuncie ao padrão bíblico a ser seguido.

A pós modernidade é marcada também por aquilo que é chamado de privatização, cujo adjetivo para essa expressão é “privativo” que significa exprimir privação; peculiar; próprio; particular” dentro do espectro deste estudo, este fenômeno é a insistência da maioria na conquista do direito de viver da forma que bem deseja, sem ingerência de outras pessoas, a não ser quer sejam convidadas ou solicitadas. Deste fenômeno tem resultado um apelo quase que generalizado, inclusive no âmbito da fé, para o individualismo crônico, e com isso as pessoas vão se distanciando das demais, trazendo consigo a ansiedade, a depressão e outras tristes consequências. Áreas como a moral, a do comportamento e a da fé são as que mas são afetadas pela privatização. Um dos desdobramentos deste fenômeno é o isolamento, alias isso é um paradoxo na pós modernidade, pois se por um lado a tecnologia possibilita conexões e interações socias, por outro, a privacidade exacerbada e o individualismo radical, marcas da cultura contemporânea, comprometem a comunhão e a unidade, virtudes exaltadas e incentivadas pela Palavra de Deus. 

Outra marca da pós modernidade é o hedonismo, que inquestionavelmente é um dos principais pilares deste movimento cultural, uma vez que, a vida contemporânea é fundamentada na busca incessante pelo prazer imediato. O hedonismo é o fenômeno que busca o prazer pessoal a qualquer custo, promovendo assim amor-próprio e a busca dos próprios interesses, o que contraria, frontalmente, o do Senhor de “amar a Deus sobre todas as coisas e a seu próximo como a si mesmo” (Mt 22.36-39). A igreja deve se opor a este fenômeno, afinal de contas, o prazer do Cristão deve ter sua fonte na Palavra de Deus, pois assim ele será bem sucedido em tudo que fizer (Sl 1.1-6).

Para terminar o relativismo é outro fenômeno da pós modernidade, utiliza-se da dúvida, com vistas banalizar as verdades absolutas de Deus. Este fenômeno utiliza-se de braços como a teologia liberal, a teologia do processo e outras, com a finalidade de fragmentar e descaracterizar, tanto a interpretação quanto a aplicação das Escrituras Sagradas. O relativismo tem causado grandes prejuízos à igreja, questionando e negando a verdade Bíblica. Somente pela verdade da Palavra de Deus é que a igreja poderá resistir e vencer esse desafio, pois ela é a sua guardiã (Ef. 6.14-19).

Dentro desta perspectiva apresentaremos sete desafios aos obreiros no mundo pós moderno.

·         Primeiro desafio: Anunciar as Boas Novas em todo tempo. (2 Tm 4.2-4)

·         Segundo desafio: Ter cuidado de si próprio. (1 Tm 4.16)

·         Terceiro desafio: Identificar esses movimentos dentro da igreja. (1 Tm 6.3-5; 1 Tm 4.1-5)

·         Quarto desafio: Chamar atenção dos irmãos quanto há este fenômeno. (1 Tm 1.1-7)

·         Quinto desafio: Conservar a Sã Doutrina. (2 Tm 1.13; Js 1.8)

·         Sexto desafio: Ensinar a Sã Doutrina. A quem? Aos velhos, as velhas, as novas e aos jovens. (Tt 2.1)

·         Sétimo desafio: Ser referencia para esta geração. (Tt 2.7-10)

            Pastor Undel Faldin

         Assembléia de Deus Belém

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