O Desafio do
Obreiro em um Mundo Pós Moderno
No
que se refere a pós modernidade, é difícil encontrar uma definição
fechada, já que uma de suas ênfases é a falta de padrão e de definição. No
entanto, ela pode ser compreendida como um movimento da cultura que rejeita os
valores da modernidade, olhando com desconfiança os princípios racionais,
supostamente universal, desenvolvidos anteriormente. A Pós Modernidade é
contraria à logica e ao sentido das coisas, afinal de contas, ela valoriza tudo
aquilo que foge ao padrão pré-estabelecido.
O
mundo Pós-Moderno desvaloriza a lógica e o sentido das coisas, dando ênfase ao
que foge à regra. Percebe-se que essa mudança foi significativa e trouxe sérias
complexidades à vida das pessoas, além de um grande desafio à igreja que deseja
ser fiel a Deus em sua missão. A principal marca dessa mudança foi a renuncia
do pensamento moderno alinhando à razão e que defende a mente humana como
habilitada para entender tudo o que ocorre no mundo e a aderência ao pensamento
pós moderno no qual se nega o padrão das coisas e a crença absoluta em algo,
inclusive na capacidade humana. Trata-se da deslocação da objetividade para a
subjetividade.
As
crenças pós modernas foram tão bem elaboradas e têm sido tão eficazmente
disseminadas pelos meios de comunicação que, mesmo sem perceberem, as pessoas
têm sido influenciadas pela mentalidade pós moderna. Este cenário impõe à
igreja o desafio de ter de se decidir o que fará, já que não é possível assumir
uma postura neutra, mas, ao contrario disso, ou o povo de Deus assume sua identidade
doutrinaria e anuncia a verdade, ou se rende aos desvios doutrinários deste
tempo.
A Pós
Modernidade e os Fenômenos
A
pós modernidade tem os seus próprios fenômenos e é por meios deles que as bases
solidadas da Palavra de Deus podem ser enfraquecidas, e até mesmo destruídas,
caso a igreja não os combata. Estes são
os principais fenômenos pós modernos:
a) Pluralização
b) Secularização
c) Globalização
d) Privatização
e) Hedonismo
f) Relativismo
A
pluralização propaga a miscigenação (mistura) de valores, conceitos e
ideologias, questionando a suficiência da verdade que é Cristo. Ela dá ênfase
também a tudo aquilo que é estranho e extravagante, fazendo com que as pessoas
estejam abertas a tudo, acreditando em tudo, ainda que fuja daquilo que é
considerado normal ou estabelecido pela Palavra de Deus.
A
secularização, por sua vez, de acordo com o Novíssimo Dicionário da
Língua Portuguesa, é o ato ou efeito de secularizar. Secularizar é tornar
secular ou leigo o que era eclesiástico. Além disso, secular significa aquilo
que não pertence a ordens religiosas. Daqui advém o politicamente correto, uma
das forças propulsoras da pós modernidade, pois no altar da aceitação popular,
valores inegociáveis da Palavra de Deus, como pureza na sexualidade, modelo
tradicional da família e o respeito em seus mais variados sentidos, são
sacrificados. A secularização tem prejudicado a saúde espiritual da igreja,
principalmente por promover a mistura do santo com profano, do religioso com o
não religioso. A secularização rouba e exclusividade tanto do individuo e da
doutrina bíblica, e a exclusividade é uma das principais marcas da santidade.
Isso implica em dizer que a secularização se opõe à santidade, e isso desagrada
a Deus. (2 Co 6.14,15).
A
globalização, trabalha pela unificação dos contextos políticos, socias,
culturais e econômicos com a missão de manter o “deus” chamado “mercado”. Este
fenômeno oferece a falsa sensação de domínio por intermédio do movimento do
mercado, que é mantido pelo comunismo, que sempre dá “razão ao cliente” Dito de
outra forma, a globalização reafirma a mentalidade pós moderna em dar
centralidade ao homem e alimentar seu ego. No que se refere à igreja, o período
da globalização está em sua missão de nivelar o mundo quanto ao pensamento, à
cultura, ao padrão de beleza e sucesso, à economia e à política, e nisso tudo a
igreja deve estar atenta para que não renuncie ao padrão bíblico a ser seguido.
A
pós modernidade é marcada também por aquilo que é chamado de privatização,
cujo adjetivo para essa expressão é “privativo” que significa exprimir
privação; peculiar; próprio; particular” dentro do espectro deste estudo, este
fenômeno é a insistência da maioria na conquista do direito de viver da forma
que bem deseja, sem ingerência de outras pessoas, a não ser quer sejam
convidadas ou solicitadas. Deste fenômeno tem resultado um apelo quase que
generalizado, inclusive no âmbito da fé, para o individualismo crônico, e com
isso as pessoas vão se distanciando das demais, trazendo consigo a ansiedade, a
depressão e outras tristes consequências. Áreas como a moral, a do
comportamento e a da fé são as que mas são afetadas pela privatização. Um dos
desdobramentos deste fenômeno é o isolamento, alias isso é um paradoxo na pós
modernidade, pois se por um lado a tecnologia possibilita conexões e interações
socias, por outro, a privacidade exacerbada e o individualismo radical, marcas
da cultura contemporânea, comprometem a comunhão e a unidade, virtudes
exaltadas e incentivadas pela Palavra de Deus.
Outra
marca da pós modernidade é o hedonismo, que inquestionavelmente é um dos
principais pilares deste movimento cultural, uma vez que, a vida contemporânea
é fundamentada na busca incessante pelo prazer imediato. O hedonismo é o
fenômeno que busca o prazer pessoal a qualquer custo, promovendo assim
amor-próprio e a busca dos próprios interesses, o que contraria, frontalmente,
o do Senhor de “amar a Deus sobre todas as coisas e a seu próximo como a si
mesmo” (Mt 22.36-39). A igreja deve se opor a este fenômeno, afinal de contas,
o prazer do Cristão deve ter sua fonte na Palavra de Deus, pois assim ele será
bem sucedido em tudo que fizer (Sl 1.1-6).
Para
terminar o relativismo é outro fenômeno da pós modernidade, utiliza-se
da dúvida, com vistas banalizar as verdades absolutas de Deus. Este fenômeno
utiliza-se de braços como a teologia liberal, a teologia do processo e outras,
com a finalidade de fragmentar e descaracterizar, tanto a interpretação quanto
a aplicação das Escrituras Sagradas. O relativismo tem causado grandes
prejuízos à igreja, questionando e negando a verdade Bíblica. Somente pela
verdade da Palavra de Deus é que a igreja poderá resistir e vencer esse
desafio, pois ela é a sua guardiã (Ef. 6.14-19).
Dentro
desta perspectiva apresentaremos sete desafios aos obreiros no mundo pós
moderno.
·
Primeiro desafio:
Anunciar as Boas Novas em todo tempo. (2 Tm 4.2-4)
·
Segundo desafio:
Ter cuidado de si próprio. (1 Tm 4.16)
·
Terceiro desafio:
Identificar esses movimentos dentro da igreja. (1 Tm 6.3-5; 1 Tm 4.1-5)
·
Quarto desafio: Chamar
atenção dos irmãos quanto há este fenômeno. (1 Tm 1.1-7)
·
Quinto desafio:
Conservar a Sã Doutrina. (2 Tm 1.13; Js 1.8)
·
Sexto desafio:
Ensinar a Sã Doutrina. A quem? Aos velhos, as velhas, as novas e aos jovens.
(Tt 2.1)
·
Sétimo desafio:
Ser referencia para esta geração. (Tt 2.7-10)
Pastor
Undel Faldin
Assembléia
de Deus Belém
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