Amados irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor
Jesus; devido a muitos questionamentos a respeito do Natal e a sua liturgia, despertou-me
o interesse em escrever a respeito, manifestando o meu ponto de vista; contudo,
fazendo pesquisas, me deparei com as palavras do Pastor Ciro Sanches Zibordi,
comentarista da CPAD, com o qual muito me identifiquei. Então quero apenas
transcrever as suas palavras como se fossem minhas, fazendo um acréscimo a
respeito apenas do boneco de papai noel, duendes e gnomos.
Papai Noel é o São Nicolau, bispo
católico do século quinto. A Enciclopédia Britânica, 11ª edição, vol. 19,
página 648-649, diz: “São Nicolau, bispo de Mira, santo venerado pelos gregos e
latinos em 6 de Dezembro… conta-se uma lenda segundo a qual presenteava
ocultamente as três filhas de um homem pobre…. Deu origem ao costume de dar em
segredo na véspera do dia de São Nicolau (6 de Dezembro), data que depois foi
transferida para o dia do Natal. Daí a associação do Natal com São Nicolau….”;
Tambem este bispo dizia que todas as mulheres antes de se casarem deveria ser
submetida a um teste de virgindade por ele; dai surgiu o nome do exame
papanicolau.
Os pais castigam seus filhos por
dizerem mentiras, porém ao chegar o Natal eles mesmos se encarregam de
contar-lhes a mentira do “Papai Noel”.
Por fim a bíblia condena
idolatria; ("Êxodo 20:3-4 Não terás outros deuses além de mim. "Não
farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra,
ou nas águas debaixo da terra. " Levítico
19:4 Não se voltem para os ídolos nem façam para vocês deuses de metal. Eu sou
o Senhor, o Deus de vocês). Notem que a ordem é para não fazer a imagem. Nem tampouco
adorar.
Se o cristão acha normal ter em
casa uma figura do bispo Nicolau, poderá ter também uma da senhora aparecida,
uma de são Pedro, uma de são Paulo ou até mesmo uma de Jesus; se acha inviável ter
uma estátua dessas em sua casa, não queira ter uma de são Nicolau (papai noel).
Quanto as demais coisas, árvores, laços, e outros adereços, não vejo nenhum problema;
não podemos espiritualizar o que não é espiritual, pois se assim agíssemos, deixaríamos
de comer carne de frango, pois a ave é usada em despachos de macumba, como
oferendas a satanás, e por ai vai.
Pastor Samuel Mendes
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Com a aproximação do mês dezembro, alguns cristãos
inimigos do Natal — que ironia! — começam espalhar nas redes sociais textos e
vídeos pelos quais satanizam o Natal, como se este trouxesse muitos males à
cristandade. Neste artigo refutarei pacientemente, item por item, o texto
preferido dos evangélicos que se opõem ao Natal: “10 motivos para não celebrar
o Natal”.
1. “A Bíblia não manda celebrar o nascimento de
Cristo”.
Refutação: de fato, na Bíblia não está escrito:
“Celebrai com júbilo o Natal de Cristo, todos os moradores da terra”. Mas nem
tudo, nas Escrituras, é tratado por meio de mandamentos. A Bíblia é, também, um
Livro de princípios, doutrinas, tipos, símbolos, parábolas, metáforas,
profecias, provérbios, exemplos, etc. E um grande exemplo foi dado pelos anjos
de Deus, que celebraram o Natal de Cristo, dizendo: “Glória a Deus nas alturas,
paz na terra, boa vontade para com os homens!” (Lc 2.14). Se há cristãos
fanáticos, a ponto de se apegarem à questiúncula de que não existe um
mandamento específico para se celebrar o Natal, que parem também de comemorar o
Dia do Pastor, o Dia da Bíblia, o Dia da Escola Dominical, o Dia de Missões, a
Festa das Nações, o Ano de Gideão, o Ano de Davi, o Ano da Colheita, o Feriado
da Visão, o Ano Apostólico, a Semana Profética, etc. Ah, e também parem de
receber presentes de aniversário, pois não há nenhum mandamento bíblico para
celebrarmos o nosso aniversário!
2. “Jesus não nasceu em 25 de dezembro. Essa data
foi designada por Roma numa aliança pagã no século IV. A primeira intenção era
cristianizar o paganismo e paganizar o cristianismo; de acordo com o calendário
judaico, Jesus nasceu em setembro ou outubro”.
Refutação: ora, como se sabe, Jesus não nasceu em 25
de dezembro. Mas essa data foi escolhida pela Igreja Católica Romana (casada
com o Estado, à época) a fim de induzir os pagãos — que adoravam o sol — a
celebrarem o nascimento de Cristo. Em outras palavras, a intenção do imperador
romano foi boa! Considerando que já havia uma grande comemoração pagã no mesmo
dia, ele induziu a todos a se lembrarem do dia natalício de Cristo na data que
eles estavam acostumados a adorar um deus falso! Bem, digamos que, um dia,
ocorra um grande avivamento no Brasil, e conversões em massa aconteçam. O
Brasil, então, se torna 100% evangélico, e o Estado brasileiro decide que 12 de
outubro passará a ser o Dia de Louvor a
Jesus Cristo! O leitor se revoltaria contra essa data, sob a alegação de que
ela fora outrora consagrada à Senhora Aparecida?
3. “A igreja do Senhor está vivendo a época
profética da festa dos tabernáculos, que significa a preparação do caminho do
Senhor; e, se você prepara o caminho para Ele nascer, não o prepara para Ele
voltar”.
Refutação: veja que contradição! Pessoas se arvoram
contra o Natal porque não existe um mandamento específico sobre essa
celebração, mas, ao mesmo tempo, apegam-se a uma simbologia “forçada”, com base
na festa dos tabernáculos, para se oporem ao Natal de Cristo? Ora, uma das
doutrinas fundamentais da Palavra de Deus é a encarnação do Verbo, isto é, o
seu glorioso nascimento (Jo 1.14; 1 Tm 3.16). Aliás, a obra da redenção está em
um tripé: nascimento do Senhor, sua morte e sua ressurreição (Gl 4.4; 1 Co
15.1-4). Ignorar o Natal de Cristo é deixar de valorizar uma parte de sua obra
salvífica.
4. “O natal é uma festa que centraliza a visão no
palpável e esquece-se do que é espiritual. Para Jesus o mais importante é o
Reino de Deus, que não é comida nem bebida, mas justiça e paz no espírito”.
Refutação: o Natal de Cristo, em si, não é uma festa
de comida e bebida. São as pessoas do mundo sem Deus que só priorizam isso, em
detrimento de real sentido da celebração em apreço. Quanto ao cristão que se
preza, deve ser diferente das pessoas do mundo, a despeito de estar no mundo.
Ele não se conforma com o modus vivendi das pessoas do mundo sem Deus (Rm
12.1,2), nem abraça o modo cada vez mais sincrético e consumista de se celebrar
o Natal (cf. 1 Co 10.23-32). A despeito de o Reino de Cristo ser preponderantemente
espiritual, somos pessoas normais, que precisam comer, beber, dormir,
trabalhar, participar de eventos festivos, etc. Segue-se que se alegrar com a
família, no fim de dezembro, com um grande almoço ou jantar, glorificando a
Cristo por seu Natal e sua obra vicária, como um todo, é lícito e conveniente
ao cristão equilibrado, não legalista.
5. “O natal se tornou um culto comercial que visa
render muito dinheiro. Tirar dos pobres e engordar os ricos. É uma festa de
ilusão em que muitos se desesperam porque não podem comprar um presentinho para
os filhos”.
Refutação: a afirmação acima é reducionista, visto
que não pondera que o Natal de Cristo subsiste sem o aludido “culto comercial”.
A Páscoa, por exemplo, não deixa de ser legítima em razão de ser usada pelo
mundo capitalista para explorar o consumismo. Se há uma celebração de Natal que
prioriza o comércio, existe, também, uma celebração que prioriza Cristo.
Segue-se que o motivo alegado para não celebrar o Natal de Cristo é, além de
reducionista, generalizante e preconceituoso.
6. “O natal está baseado em culto a falsos deuses
nascidos na Babilônia. Então, se recebemos o natal pela Igreja Católica Romana,
e esta, por sua vez, a recebeu do paganismo, de onde a receberam os pagãos?
Qual a origem verdadeira? O natal é a principal tradição do sistema corrupto,
denunciado inteiramente nas profecias e instruções bíblicas sobre o nome de
Babilônia. Seu início e origem surgiram na antiga Babilônia de Ninrode. Na
verdade, suas raízes datam de épocas imediatamente posteriores ao dilúvio”.
Refutação: para início de conversa, o argumento
acima despreza o fato de o Natal de Cristo preceder e transcender o paganismo
que se infiltrou na Igreja Católica Romana. O nascimento do Senhor Jesus foi
celebrado até pelos anjos, que exclamaram: “Glória a Deus nas alturas, paz na
terra, boa vontade para com os homens!” (Lc 2.14). E mais: os magos do Oriente
adoraram o Menino, ofertando-lhe dádivas, em uma casa — e não na manjedoura —,
cerca de dois anos após o seu nascimento, conforme análise cuidadosa de Mateus
2. Ou seja, o Natal de Cristo não é invenção dos pagãos, e sim uma celebração
genuinamente cristã. Portanto, nos lembrarmos do nascimento de Cristo, descrito
na Bíblia, e glorificarmos a Deus por nos ter dado o seu Filho Unigênito é
lícito e conveniente. Isso nada tem a ver com Roma, Babilônia, etc. Ademais, o
fato de o Natal de Cristo ser celebrado também pela Igreja Católica Romana não
o torna idolátrico ou pagão. Caso contrário, a missa, com a sua hóstia,
tornaria a Ceia do Senhor igualmente idolátrica, não é mesmo?
7. “O natal não glorifica a Jesus, pois quem o
inventou foi a Igreja Católica Romana, que celebra o natal diante dos ídolos
(estátuas). Jesus é contra a idolatria e não recebe adoração dividida”.
Refutação: esse argumento também é reducionista,
posto que ignora o fato de a idolatria ser uma condição do coração. Ela não é
um pecado praticado de modo subjetivo. Celebrar o Natal de Cristo não implica
idolatria. Esta, à luz do Novo Testamento, é uma ação objetiva, e não
subjetiva. A idolatria é praticada de modo consciente. Nesse caso, dizer que o
crente que celebra o Natal é idólatra não reflete julgamento segundo a reta
justiça (Jo 7.24), como já destaquei em meu texto anterior, também a respeito
do Natal.
8. “Os adereços (enfeites) de natal são verdadeiros
altares de deuses da mitologia antiga (que são demônios)”.
Refutação: de fato, muita coisa que há no mundo tem
ligação com o paganismo e a idolatria: comidas, festas, nomes de cidades,
costumes, etc. O cristão não deve ser paranoico quanto a isso. A ele basta ser
fiel ao seu Deus, não tomando parte, ativa e conscientemente, do culto aos
deuses. Lembro o leitor, mais uma vez, de que a idolatria é praticada de modo
objetivo, e não subjetivo. Opor-se ao Natal por causa dos enfeites cuja origem
está ligada ao paganismo e praticar outras coisas de origem pagã é o mesmo que
coar mosquitos engolir camelos (Mt 23). O cristianismo verdadeiro não é
fanatizante, como as religiões e seitas pseudocristãs e extremistas, que
proíbem doação de sangue, ingestão de determinados tipos de alimento,
participação em festas, casamento no templo, trabalho em determinado dia da
semana, etc. Somos livres em Cristo (1 Co 10.23-32). Reprovar e até proibir a
celebração do Natal de Cristo por causa de Papai Noel, duendes, gnomos,
decorações natalinas e outras coisas mundanas não é uma característica do
cristianismo equilibrado (cf. Ec 7.16,17). Se quisermos abraçar o legalismo,
não podemos falhar em nenhum ponto da lei. O crente que se opõe ao Natal de
Cristo por causa dos elementos pagãos e consumistas, mencionados neste artigo,
também deixa de consumir bolo de aniversário, em razão de sua origem pagã? O
que ele pensa sobre o vestido de noiva, o terno e a gravata, as construções que
ele visita e as ruas da cidade por onde ele anda?
9. “O natal de Jesus não tem mais nenhum sentido
profético, pois todas as profecias que apontavam para sua primeira vinda à
terra já se cumpriram. Agora nossa atenção de se voltar para sua Segunda
vinda”.
Refutação: nesse caso, a Bíblia é apenas um tratado
de escatologia, que se ocupa exclusivamente de assuntos relativos ao futuro?
Ora, as Escrituras apresentam muitas doutrinas escatológicas, porém a Palavra
de Deus também contém teologia, cristologia, pneumatologia, antropologia,
hamartiologia, soteriologia, eclesiologia e angelologia. Sabemos que o Natal de
Cristo está ligado diretamente à cristologia e à soteriologia. Entretanto, como
todas as doutrinas bíblicas são intercambiáveis, em Apocalipse 12 há uma menção
ao Menino Jesus! Será que os inimigos do Natal sabem disso?
10. “A festa de natal traz em seu bojo um clima de
angústia e tristeza, o que muitos dizem ser saudades de Jesus, mas na verdade é
um espírito de opressão que está camuflado, escondido atrás da tradição romana
que se infiltrou na igreja evangélica, e que precisamos expulsar em nome de
Jesus”.
Refutação: desde a minha infância aprendi a celebrar
o Natal de Cristo. Lembro-me com muita alegria das peças, poesias e cantatas
natalinas, além das maravilhosas mensagens de Natal, ministradas por homens de
Deus. A lembrança da encarnação do Senhor propicia alegria na alma, e não
tristeza! Prova disso é que vários hinos da Harpa Cristã, hinário oficial das
Assembleias de Deus, nos estimulam a celebrar o Natal de Cristo. Vejamos
especialmente os hinos 21, 120, 366, 481 e 489.
Diante do exposto, apresento algumas sugestões (ou
conselhos) aos cristãos inimigos do Natal de Cristo. Não se deixem influenciar
pelo espírito do Anticristo (1 Jo 4.3). Observem que o Diabo deseja, a todo
custo, fazer com que o nome de Jesus desapareça da face da terra. E uma de suas
estratégias é apresentar “outro evangelho”, fanatizante, farisaico, legalista,
que procura desviar os salvos da verdade, carregando-os de ordenanças, como:
“não toques, não proves, não manuseies” (Cl 2.20-22). Em vez de apresentarem
inúmeras razões para não celebrarmos o Natal de Cristo, falem da gloriosa
encarnação do Verbo (1 Tm 3.16; Jo 1.14; Gl 4.4,5), da sua morte vicária (2 Co
5.17-21) e da sua maravilhosa ressurreição (1 Co 15.17-20)!
Pastor Ciro Sanches Zibordi, comentarista da CPADNEWS
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