O DIZIMO = DECIMA PARTE
Para começarmos a falar sobre
dízimos é necessário falar sobre o sacerdócio, pois assim como o sacerdócio foi
instituído antes da Lei, ou seja, antes de Moisés e de Arão, assim o dizimo
também foi instituído antes da Lei, para que ninguém diga que o dizimo é da
Lei.
O propósito eterno de Deus exigiu
que ele canalizasse toda a humanidade para Jesus Cristo "Para em todas as cousas [Cristo] ter a
primazia" (Colossenses 1:18). Por
um lado, a lei foi designada para convencer o homem do pecado e mostrar-lhe a necessidade
de eliminar o seu pecado, porém essa lei foi divinamente projetada para não
conseguir providenciar tudo o que o homem realmente necessitava.
Assim como pela Lei o sacerdócio
foi designado apenas para os descendentes de Arão; antes da Lei vemos que
Melquisedec já era sacerdote, assim como Jetro o sogro de Moises que também era
sacerdote da terra de mídia.
Debaixo da lei mosaica, o povo
ficava distanciado de Deus pelos sacerdotes, os quais ficavam entre Deus e o
homem. O sacerdote era um mediador que
ensinava a lei.
Os atos dos sacerdotes apontavam
para um período em que os pecados dos homens seriam realmente retirados pelo
sangue do Filho de Deus que não tinha pecado (Efésios 1:7; 1 Pedro 1:19),
quando ele tomasse sobre si os nossos pecados e morresse em nosso lugar (1
Pedro 2:24).
O sistema de sacerdócio do Antigo
Testamento era apenas um tipo do futuro. Havia de chegar o tempo em que todo o
povo de Deus seria "sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo" (1 Pedro
2:5). Nesse dia vindouro, em direção do
qual toda a humanidade se dirigia, o Sumo Sacerdote perfeito, que haveria de
vir, não teria de oferecer um sacrifício a seu próprio favor, pois ele não
tinha pecado algum (Hebreus 9:14); jamais teria de repetir a oferta, pois só
precisava ser oferecida uma vez (Hebreus 9:25-26, 28; 10:12); e ele derramaria
o sangue do único Cordeiro que poderia verdadeiramente tirar "o pecado do
mundo" (João 1:29; Hebreus 9:12).
Louvemos a Deus pelo fato de que
"nos constituiu reino, sacerdotes" (Apocalipse 1:5) e que "a lei
constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do
juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para
sempre" (Hebreus 7:28). Na verdade,
o sacerdócio do Antigo Testamento clamava por algo melhor; e, no propósito
eterno de Deus, o sacerdócio melhor estava por vir. Somos eternamente gratos que "possuímos
tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus,
como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não
o homem" (Hebreus 8:1-2).
Dessa maneira o próprio Jesus diz
em Mateus: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a
hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a
misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas (dar o dizimo) , e não
omitir aquelas (o juízo, a misericórdia e a fé). Mateus 23:23.
Então entendemos que da mesma
maneira que Jesus é da tribo de Judá e não da tribo de Levi, o sacerdócio dEle
não vem da ordem de Arão mas de Melquisedeque, da mesma maneira o dizimo, não
esta relacionado com a Lei, mas esta relacionado com a salvação, pois não basta
ser cumpridor da Lei, ou seja pagar o dízimo por força da Lei e esquecer da de
ser justo, ser misericordioso e ter fé; é preciso acreditar que somos salvos
não por causa da Lei, é preciso ter fé para dar o dizimo, não por que a Lei
obriga, mas por causa da graça, damos o dizimo.
Não vivemos sob a lei de Moisés,
hoje em dia. Jesus aboliu essa lei por sua morte (Efésios 2:14-15). Estamos
mortos para essa lei para que possamos estar vivos para Cristo (Romanos 7:4-7).
A lei gravada nas pedras, no Monte Sinai, extinguiu-se e a nova aliança
permanece (2 Coríntios 3:6-11). A lei funcionou como um tutor para trazer o
povo a Cristo, mas não estamos mais sob esse tutor (Gálatas 3:22-25). Aqueles
que desejam estar sob a lei estão abandonando a liberdade em Cristo e
retornando à escravidão (Gálatas 4:21-31). As pessoas que voltam a essa lei
estão decaindo da graça e se separando de Cristo (Gálatas 5:1-6). Não temos o
direito de retornar a essa lei, para obrigar que guardem o sábado, a
circuncisão, os sacrifícios de animais, as regras especiais sobre roupas, a
pena de morte para os filhos rebeldes, o dízimo e qualquer outro mandamento da
lei de Moisés.
Vivemos sob a autoridade de
Cristo e temos que encontrar a autoridade religiosa na nova aliança que Ele nos
deu através de sua morte. Ele é o mediador desta nova aliança (Hebreus 9:15).
Seremos julgados por suas palavras (João 12:48-50). Desde que Jesus tem toda a
autoridade, temos a responsabilidade de obedecer tudo o que ele ordena (Mateus
28:18-20).
Todas as pessoas agora vivem sob
a autoridade de Cristo, como foi revelada no Novo Testamento (Mateus 28:18-20;
João 12:48; Atos 17:30- 31). Sua vontade entrou em vigor depois de sua morte
(Hebreus 9:16-28). Estes fatos nos ajudarão a entender as passagens do Novo
Testamento, a respeito do dízimo.
Durante sua vida, Jesus
reconheceu a autoridade da lei de Moisés. Ele era um judeu, nascido sob a lei
(Gálatas 4:4) e com a missão de cumprir essa lei (Mateus 5:17-18). Jesus
criticou os judeus hipócritas, que negligenciavam outros mandamentos divinos,
enquanto zelosamente aplicavam a lei do dízimo (Mateus 23:23; Lucas 11:42;
18:9-14). Jesus ensinou que a lei do dízimo faz parte de sua nova aliança, Não
cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.
Mateus 5:17.
O livro de Hebreus fala do
dízimo, para mostrar a superioridade do sacerdócio de Jesus, quando comparado
com o sacerdócio levítico da Velha Lei (Hebreus 7:1-10). Esta passagem está
ordenando o dízimo para hoje em dia. De fato, o mesmo capítulo afirma
claramente que Jesus não mudou ou revogou a lei de Moisés (Hebreus 7:11-19). O
dízimo esta ordenado na lei de Cristo, que é o Novo Testamento e também antes
da Lei, no sacerdócio de Melquisedeque.
Trazer o seu dízimo a casa de
Deus é um ato de gratidão, de amor e reconhecimento, por tudo que ele te tem
feito. Ele deu o seu corpo e o seu sangue por você. “O Rei Justo te trouxe pão
e vinho!” Os que são da fé são dizimistas, os que acreditam que Deus é o seu
sustentador não sentem dificuldade em dizimar a Ele. Abraão deu o seu dízimo
muito antes que ele fosse inserido na Lei de Moises.
Quando entregamos os nossos
dízimos nós estamos levando todos os nossos bens para dentro da vontade de
Deus. Estamos dizendo que Deus é o nosso provedor, a fonte da qual bebemos.
Como são preciosos os momentos que reservo para estudar sobre a fé de Abraão.
Ele sem dúvidas nos deixou um legado espiritual fantástico. Abraão compreendia
essas coisas, e as praticava de todo coração. Veja Gn.13. 7 a 13.
Abraão levou seus bens para
dentro da vontade de Deus. Mais Ló levou os seus em direção a sua ganância. Por
sua escolha errada perdeu tudo e foi levado para se torna um escravo. Graças a
Deus que Abraão guerreou em busca de Ló e o salvou com todos os seus bens. E
bem aqui neste momento que vejo mais uma vez que Deus era a fonte de tudo na
vida de Abraão. Quando Abraão e os seus servos recuperam todas as riquezas de
Sodoma, o rei de Sodoma quis recompensá-lo dando-lhe riquezas, veja a resposta
de Abraão:
"E o rei de Sodoma disse a
Abrão: Dá-me a mim as pessoas, e os bens toma para ti.
Abrão, porém, disse ao rei de
Sodoma: Levantei minha mão ao SENHOR, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e
da terra, Jurando que desde um fio até à correia de um sapato, não tomarei
coisa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a
Abrão."
(Gn . 14. 21,23).
Deus é a fonte da minha riqueza!
E não darei essa glória a mais ninguém. Glória a Deus! Era isso que Abraão
estava dizendo ao rei de Sodoma. Que lição maravilhosa essa que Abraão nos
ensina. Não existe dificuldade que não possam ser resolvidas quando somos fiéis
ao nosso Deus. Não existe barreira que não possa ser destruída quando cremos
que Ele é a nossa fonte. Isso era tão real na vida de Abraão que foi absorvido
por seus descendentes que viveram antes da lei. Em Gênesis 28.22 vemos Jacó
fazendo um voto o Deus e prometendo-lhe dar o dízimo de tudo que o Senhor lhe
der. Com certeza absolveu essa idéia de Isaque seu pai que absorveu de Abraão
avô de Jacó.
O texto não esgota o assunto.
Pr Samuel Mendes
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