O arrebatamento da Igreja
I. INTRODUÇÃO
Quando usamos o termo “a vinda de Cristo”, estamos
nos referindo à segunda aparição pessoal de Cristo. No livro de Atos, quando
Jesus ascendeu ao céu, nos disse:
“Estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto
ele subia, eis que junto deles apareceram dois varões vestidos de branco, os
quais lhes disseram: Varões galileus, por que ficais aí olhando para o céu?
Esse Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o
céu o vistes ir (Atos 1.10-11).
A segunda vinda do Senhor é então, o evento ao qual
nós crentes em Cristo, esperamos com grande desejo, tal como faziam Paulo e
Pedro, os demais apóstolos e os crentes da igreja primitiva. Neste dia seremos
ressuscitados, transformados e vivificados.
A segunda vinda de Cristo é tão certa quanto à
primeira. A Bíblia fala cerca de 845 vezes sobre o retorno de Jesus à terra. No
Novo Testamento temos 318 predições sobre a volta de Cristo para buscar o Seu
povo.
A segunda vinda será mais gloriosa no aspecto
metafísico que a primeira. Na primeira vinda Ele veio redimir a alma (Ef 1.7;
Cl 1.14), na segunda Ele virá restaurar o corpo (Rm 8.23). Na primeira vinda
Ele veio numa manjedoura (Lc 2.7), na segunda, virá em trono (Ap 20.11). Na
primeira vinda Ele veio como criança (Is 9.6; Mt 2.8, 13), na segunda, virá
como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16). Na primeira vinda Ele veio
em carne (Jo 1.14; 1ª Jo 4.2), na segunda, virá em glória (Ap 19.11). Na
primeira vinda Ele entrou em Jerusalém montado num jumentinho (Mt 21.7), na
segunda, virá montado num cavalo branco (Ap 19.11). Na primeira vinda Ele veio
instituir a Igreja (Mt 16.18), na segunda Ele virá buscar a Igreja (Jo 14.3; Ap
22.7).
Para todo o cristão convertido a Cristo o momento
mais esperado de todos os dias de Sua vida, é que sem dúvida o dia do
arrebatamento da Igreja, neste dia todo aquele que recebeu a Jesus Cristo como
Salvador de sua alma irá encontrar-se com o Senhor nas nuvens, estando liberto
para sempre de qualquer tipo de provação, dor, angústia, lágrimas, tristezas,
problemas etc.
Quando voltar, o Senhor encontrará quatro grupos de
pessoas na terra:
O primeiro grupo não sabe que Ele voltará, nunca
ouviu falar de seu retorno, por isso não irá com Ele.
O segundo grupo sabe que Ele voltará, já ouviu falar
sobre sua vinda, mas não acredita que virá e também não irá com Ele.
O terceiro grupo sabe que Ele virá, crê que voltará,
mas não espera e de igual modo também não subirá com Ele.
O quarto grupo sabe que Ele virá, acredita que
voltará, espera ansioso sua vinda e subirá com Ele.
II. AS DUAS
FASES DA VOLTA DE CRISTO
A segunda vinda de Jesus será em duas fases num
espaço de sete anos.
A vinda de Jesus dar-se-á em duas fases distintas:
A primeira fase será invisível. Será para os
cristãos ou para a Igreja (Noiva) de Jesus, que espera o seu Noivo, e será
antes da grande tribulação.
Segunda fase será visível. Será a manifestação de
Cristo em Glória, acompanhado de seus santos (Igreja) e anjos, depois da grande
tribulação.
A primeira fase chama-se arrebatamento, a segunda
fase chama-se revelação. Na primeira fase Ele arrebatará a Igreja (1ª Ts
4.16-17), na segunda Ele vira com a Igreja (Ap 19.11; Zc 14.5b; 1ª Ts 3.13; Jd
v.14). Na primeira fase Ele virá para a Igreja. A segunda é a volta dEle em
glória; é a sua revelação pública; sua manifestação ou aparecimento visível a
Israel e às demais nações. Na primeira fase Ele virá como estrela da manhã (Ap
22.16). Na segunda como sol de justiça (Ml 4.2). Na primeira fase Ele virá sobre
as nuvens (1ª Ts 4.17), na segunda Ele descerá sobre o monte da Oliveiras (Zc
14.4). Na primeira fase o mundo não o verá (1ª Co 15.52). Na segunda fase todos
o verão (Ap 1.7). Para Jesus vir com os Seus Santos (Jd 13; Zc 14.5) é mister
que primeiro os tome para Si (Jo 14.3).
Entre o arrebatamento e a revelação de Jesus
decorrerá um período de sete anos, conforme Apocalipse 11.3 e 13.5; Daniel
9.27. Estes sete anos corresponde a 70ª “semana de anos de Daniel 9.24, 27. É a
semana de anos. É bíblica a expressão “semana de anos”, segundo Gênesis 29.27 e
Levítico 25.8. Que os dias podem vir a significar anos vê-se em Ezequiel 4.7
(sobre este assunto veremos mais tarde).
Considerando as distintas manifestações de Jesus na
sua primeira e segunda vinda, podemos dizer que:
a. Em Belém, Ele veio como o Messias Salvador do
mundo.
b. Nos ares, Ele virá como o Noivo para a sua
Igreja.
c. No monte das Oliveiras, Ele virá como Juiz e Rei,
para julgar as nações e estabelecer o seu reino milenar.
Logo após Jesus arrebatar Sua igreja começará um
período chamado de grande tribulação, esse período vai durar sete anos. Somente
no final dos 7 anos é que o Senhor voltará com a Igreja para implantar o
milênio e salvar os remanescente de Israel.
III. A
CONFIRMAÇÃO BÍBLICA DA VOLTA DE CRISTO
Já tivemos muitos eventos importantes na terra: a
destruição dos seres humanos com o dilúvio, a destruição de duas cidades
pecaminosas chamadas Sodoma e Gomorra e a redenção efetuada por Jesus no alto
do Calvário. Todos esses eventos marcaram tremendamente a humanidade, porém,
aguardamos agora um dos maiores eventos que irá abalar o mundo inteiro; a vinda
do Senhor Jesus para buscar a Sua Igreja.
O Senhor Jesus confirmou o Arrebatamento (Jo 14.2-3;
Mt 24-27; 1ª Co 15.23; Tt 2.13). O Senhor afirmou que voltaria com a Igreja
para reinar no milênio (Mt 24.30; Ap 1.7; Mt 16.27). Os apóstolos afirmaram que
Jesus voltaria (1ª Co 15.23; 1ª Co 1.7; 1ª Ts 4.16-18; 1ª Jo 2.28; Tg 5-7).
Judas o Apóstolo também afirmou a vinda de Jesus (Judas v. 14). Os profetas do
Antigo Testamento falaram da vinda do Senhor (Ml 3.1-5;Sl 24.7-10; Zc 14.4). Os
anjos afirmaram que o Senhor voltaria (At 1-10-11). A ceia do Senhor é uma
confirmação da volta de Cristo (1ª Co 11.23). Os sinais que ora se cumprem,
segundo as profecias da Bíblia, atestam que Jesus virá (Mt 24.3).
Se as profecias da Bíblia não estivessem
cumprindo-se em nossos dias, a nossa fé seria vã e sem esperança. Mas, damos
graças Deus porque Ele é justo e fiel. Nada Ele faz sem primeiro comunicar aos
seus servos. Porquanto temos a convicção de Sua volta e os que crêem na sua
vinda e obedecem Sua Palavra não ficarão envergonhados. Amem!
IV. PARA QUEM
JESUS VIRÁ
Jesus virá para:
· Virá
só para a Igreja (Mt 25.6).
·
Levar Sua Igreja para Si (Jo 14.31ª Ts 1.10).
·
Consumar a Salvação dos Seus (Rm 13.11).
·
Glorificar os Seus (Ef 5.27; Rm 8.17).
·
Reconhecer publicamente os Seus (1ª Co 4.5).
·
Recompensar a todos os fieis (Mt 16.27).
· Ser
glorificado nos Seus (2ª Ts 1.10a.).
· Ser
admirado pelos Seus (2ª Ts 1.10b.)
·
Revelar mistérios que ora tanto nos intrigam (1ª Co 4.5).
V. O QUE É
ARREBATAMENTO
A palavra arrebatamento, no contexto da escatologia
cristã, é procedente do verbo grego harpazõ, e significa: Arrancar, levar,
tirar por força ou violência; tirar algo com rapidez e de forma inesperada,
urgência que Cristo irá tirar a Sua Igreja da terra.
O arrebatamento, por conseguinte, é retirada brusca,
inesperada e sobrenatural da Igreja deste mundo, a fim de que seja transportada
às regiões celestes, onde unir-se-á, eterna e plenamente, com o Senhor Jesus.
O arrebatamento da Igreja marca o início do chamado
“O Dia de Cristo” (1ª Co 1.8; 2ª Co 1.14; Fp 1.6; 2ª Tm 4.8). Esse “dia” é
relacionado com a Igreja, e vai do arrebatamento da à revelação de Cristo em
glória. Este dia tem a ver com os galardões e bênçãos a serem recebidas pela
Igreja por ocasião da Sua vinda. “O Dia do Senhor” ao contrário, associa-se com
o julgamento das nações. O dia do Senhor não é para a Igreja, mas para os
pecadores, incrédulos e judeus e começará após o arrebatamento da Igreja.
Em 2ª Tessalonicenses 2.2, a tradução correta é “dia
do Senhor” (Senhor em maiúsculas), indicando “Jeová”, conforme o estabelecido
internacionalmente pelos editores da Bíblia: Senhor = Jeová; Senhor = Adonai. A
expressão “dia do SENHOR” abrange o mesmo período da vinda de Jesus com relação
às nações gentílicas e Israel. Tem a ver com julgamento.
A Igreja será arrebatada ao encontro do Senhor,
antes da grande tribulação, que é também denominada na Bíblia de “ira futura”
(conf. Mt 3.7; 1ª Ts 1.10; Ap 6.16,17).
VI. PORQUE O ARREBATAMENTO
· Para fazer diferença entre o justo e o
injusto (Pv 11.8).
· Para
recompensar os justos por todo trabalho feito a Deus (Ap 22.12).
· Para
premiar os vitoriosos (p 3.5).
· Para
não deixar a Igreja na grande tribulação (1ª Ts 1.10; 5.9; Ap 6.16-17).
· Para
vencer a morte (1ª Co 15.51-54).
VII.
EXTENSÃO DO ARREBATAMENTO
No sentido pleno, a vinda de Jesus abrange um
período de 7 anos, compreendendo os três grupos de povos em que Deus mesmo
divide a raça humana: Judeus, gentios, Igreja de Deus (1ª Co 10.32).
Para a Igreja. Jesus virá como o Seu noivo
celestial, a fim de levá-la para Sua glória.
Para Israel. Jesus virá como Seu Messias, Salvador e
libertador para introduzi-la no Milênio, o reino que sempre lhe prometeu (2º Sm
7.16; Mt 25.34).
Para os Gentios. Jesus virá como Juiz e Senhor dos
senhores, para julgá-los. Será então a Sua poderosa manifestação como Deus
Forte, da profecia de Isaías 9.6.
VIII. QUANDO SERÁ O ARREBATAMENTO
Só Deus é quem sabe o dia, a hora, o ano e os
minutos que dar-se-á o grande dia de alegria para os salvos.
Ao transcrever o sermão profético de Nosso Senhor, o
evangelista Marcos registra uma ênfase que todos deveríamos levar em
consideração “Olhai, vigiai e orai”.
Por desconhecer a Palavra, muitos lideres espirituais
marcaram a volta de Jesus. Hoje serve de advertência: não devemos especular com
as coisas que Deus, em Sua inquestionável soberania reservou apenas para si.
Jesus é claro na Sua Palavra quando diz em Mateus:
“Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos
do céu nem o Filho, mas unicamente meu Pai. Vigiai, pois, porque não sabeis a
que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família
soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse
arrombada. Por isso, estai vós apercebidos também, por que o Filho do Homem há
de vir à hora que não pensais”. (Mt 24.36, 42, 43, 44).
“Estai de sobreaviso! Vigiai e orai! Não sabeis
quando será o tempo Portanto, não sabeis quando virá o Senhor da casa; se à
tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã cedo. Se Ele vier
inesperadamente, não vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos:
vigiai!” (Mc 13.35-37).
Jesus respondendo aos Seus discípulos quando estavam
interrogando a respeito do futuro: “Não vos compete conhecer tempos ou épocas
que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade” (At 1.7).
Devemos, portanto, estar cônscios em afirmar: “O dia
nem a hora ninguém sabe”, mas uma coisa é certa: Jesus vem em breve!
Jesus virá antes que apareça o Anticristo.
“E agora, vós
sabeis o que detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado Porque já o
mistério da injustiça opera: somente há um que agora resiste até que do meio
seja tirado; e, então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo
esplendor da sua vinda” (2ª Ts 2.6-8).
Esta passagem é de difícil interpretação, e não
convém fazer especulações sobre o que não está revelado claramente. Mas vemos
nela a reiteração de que a Igreja não estará sob o domínio do anticristo. Se o
mistério da injustiça opera, por que o iníquo ainda não se manifestou? O que o
detém? Quem o resiste? Quem será tirado da terra, para que ele tenha total
liberdade até à esplendorosa vinda de Cristo? A única revelação que temos,
retratada pelo próprio apóstolo Paulo é que o povo de Deus será tirado da
terra, no aparecimento de Jesus Cristo (Tt 2.13,14; 1ª Ts 4.17). E, se é depois
disso que será revelado o anticristo, então estamos diante de mais uma prova de
que a Igreja não passará pela grande tribulação!
Enquanto a Igreja do Senhor Jesus não for tirada
deste mundo, o homem do pecado, o anticristo não aparecerá. O que o detém é o
Espírito Santo. Ele não retira a Sua onipresença, nem sua presença na terra
durante a grande tribulação, mas encerra sua tarefa de reprimir o poder da
injustiça. Quando aquele que o detém for tirado do meio, começará o Dia do
Senhor. Satanás e o anticristo terão liberdade para levar o mundo ao caos.
IX. COMO SERÁ
A VINDA DE JESUS
1. Será uma descida do céu (Mt 24.30; At 1.11; 1ª Ts
4.16). Todos os textos afirmam que Jesus virá do céu, porque quando ressuscitou
foi para o céu (Lc 24.51; Hb 4.14) e hoje está à direita do Pai (Rm 8.34) e é
de lá que voltará.
2. Num abrir e fechar de olhos (1ª Co 15.52). Num
momento (no gr. átomos), unidade indivisível do tempo.
3. Será repentinamente.
“Pois assim como o relâmpago sai do oriente e se
mostra até o ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.27).
Embora o povo esteja prevenido e até esperando o temporal, o relâmpago, contudo
vem causando um espanto, uma surpresa. Assim também a vinda de Jesus. Embora os
sinais estejam falando disto, Ele virá num momento quando ninguém pensa (Mt
24.44) ou espera (Mt 24.50) ou sabe (Mt 24.42).
O relâmpago aparece com uma velocidade inexplicável.
A velocidade de um relâmpago é 70 milésimos de um segundo. Assim também Jesus
na Sua vinda. Vira “num abrir e fechar de olhos” (1ª Co 15.52). Jesus vem num
só instante, e quer encontrar o Seu povo preparado.
4. Será o mesmo horário no planeta (Lc 17.34-36). Em
alguns lugares será:
Noite: Vv. 34 “Digo-vos que naquela noite estarão
dois numa cama; um será tomado, e o outro será deixado”.
De madrugada: Vv. 35 “Duas estarão juntas, moendo;
uma será tomada, e a outra será deixada”.
De dia: Vv. 36 “Dois estarão no campo; um será
tomado, e o outro será deixado”.
Se forem 14 horas no Brasil, no Japão serão 2 horas
da madrugada, em São Francisco, nos EUA, serão 9 horas da manhã. Em Londres 17
horas e em Moscou serão 19 horas.
O horário profético de Deus irá assinalar a meia
noite, a hora de maior escuridão e trevas sobre a terra. Quando a vida torna-se
insuportável neste mundo, o pecado estiver morando diante de sua porta, os
valores morais deixarem de existir, quando o mundo estiver mergulhado na
falência política, econômica, social e espiritual, quando não se tiverem
condições de viver mais no mundo, aí então dar-se-á o arrebatamento e o Senhor
virá buscar o seu povo, vamos esperar esse dia com muita oração e vigilância.
X. COMO VIR Á JESUS
1. Jesus virá como ladrão. As ilustrações que a
Bíblia trás a esse respeito são: como se fora um ladrão que te assalta (1ª Ts
5.2). O povo será tomado de surpresa. Acontecerá de forma e em momentos
inesperados.
“Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido,
guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não
conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti” (Ap 3.3).
A expressão ‘virei como um ladrão de noite’ (Ap
3.3.) e ‘virá como um ladrão de noite’ (2ª Pe 3.10) e as demais citações que
contém esta expressão não significam que Jesus virá escondido sem que ninguém
perceba. O ladrão não avisa a hora da noite em que vai arrombar a nossa porta e
roubar a nossa casa, do mesmo modo Jesus não avisará a hora em que virá buscar
Seu povo. Então, Ele pede que vigiemos para não sermos pegos de surpresa,
porque será uma destruição total naquele dia. “Vigiemos, pois, para que este
dia não nos surpreenda”.
Umas das bem-aventuranças, do apocalipse é
endereçada, justamente, àqueles que se acham vigilantes: “Eis que venho como
ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não
ande nu, e não vejas as suas vergonhas” (Ap 16.15).
O Senhor Jesus virá inesperadamente, e surpreenderá
a muitos que, ao invés de estarem vigiando, encontrar-se-ão com os cuidados
desta vida e nos prazeres deste mundo.
2. O ladrão virá sem que seja observado. Assim virá
Jesus. Ele desce até as nuvens, e ali encontrará com Sua Igreja (1ª Ts
4.16-17). Quando porém, está escrito em Apocalipse 1.7: “Eis quem vem com as
nuvens, e todo olho o verá...”, não há contradição alguma, pois nesta palavra
refere-se ao momento quando Jesus, depois da grande aflição, vier com a Sua
Igreja e porá os pés no monte das Oliveiras (Zc 14.4).
3. O ladrão sempre leva algo de valor. O ladrão não
vem ver o depósito de lixo ou cesta de papéis. Não, ele vem levar os tesouros,
as jóias, etc. Assim também acontecerá na vinda de Jesus. Ele levará então as
coisas de maior valor da terra. Deus falou do Seus servos que O temem, que
serão para Ele o “seu particular tesouro (Mt 3.16-17). Então se vê, onde estão
os verdadeiros valores do mundo. O mundo verá que aqueles crentes que oravam e
cantavam louvores a Jesus, foram raptados porque eram na verdade as pessoas de
maior valor para Deus.
4. O ladrão leva somente o que não lhe pertence. Mas
Jesus, quando vier, somente virá “como ladrão”, mas Ele não é ladrão, pois só
levará os que pertence a Ele (1ª Co 15.23), os que por Ele foram comprados por
um bom preço (1ª Co 6.19-20), os que resgatou com o Seu próprio sangue (At
20.28). Como é bom ter a certeza que pertencemos a Jesus (Rm 8.16).
XI. NO ARREBATAMENTO HAVERÁ OS SEGUINTES EVENTOS
“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de
ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos
céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os
que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o
encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor (1ª
Ts 4.16-17).
Na 1ª fase de Sua vinda para dar-se o arrebatamento,
o Senhor virá até as nuvens em grande velocidade de forma secreta (Mt 24-27),
como a velocidade do relâmpago.
De acordo com a primeira Epístola de Paulo aos
Tessalonicenses, o arrebatamento da Igreja de Cristo dar-se-á da seguinte
forma:
1. O próprio Senhor Jesus Cristo.
“Porque o mesmo Senhor… descerá do céu” (v. 16). O
apostolo Paulo da ênfase ao senhorio de Jesus conquistado no Calvário quando
diz: “o mesmo Senhor”. Os vivos em Cristo e os mortos salvos receberão a ordem
de comando do próprio Senhor Jesus Cristo.
2. Voz do arcanjo. Ressoada a trombeta de Deus,
descerá o Senhor Jesus dos céus com alarido e com voz de arcanjo (1ª Ts 4.16),
Ele vem com Seu eficaz poder (Fl 3.20-21).
A tradução do texto diverge na forma, mas não anula
o fato conforme está escrito: “à voz do arcanjo” ou “com voz de arcanjo” (v.
16). O texto de Daniel indica que o arcanjo Miguel participará do evento da
segunda vinda de Cristo (Dn 12.1), mui especialmente da segunda fase quando
Cristo, rodeado de exércitos celestiais, descerá sobre a terra, no monte das
Oliveiras (Zc 14.3,4; Ap 1.6,7). Porém no evento do arrebatamento da Igreja, a
participação do arcanjo será efetuada pela voz de comando e chamamento, a qual
será ouvida apenas pelos remidos.
3. Os mortos em Cristo.
Naquele dia, quando o Senhor voltar para o
arrebatamento, os mortos em Cristo ouvirão a voz de chamamento da trombeta do
Senhor pelo arcanjo, e “num abrir e fechar de olhos” (1 Co 15.51-52), estarão
na presença do Senhor nos ares, com corpos glorificados. A palavra “mortos” diz
respeito aos santos que ressuscitarão com corpos transformados em corpo
espiritual (soma pneumatikon), enquanto que, os corpos dos ímpios permanecerão
em suas sepulturas ate o dia do Juízo Final (Ap 20.12). Assim como Cristo
ressuscitou corporalmente, também, os crentes salvos ressuscitarão
corporalmente (Lc 24.39; At 7.55,56).
4. Transformação dos vivos.
Os que estivermos vivos seremos transformados,
arrebatados e levados todos ao encontro do Senhor “nos arres” (v. .17). Este
poder abrange “duma extremidade a outra”. Onde estiver um crente seja no
sepulcro ou vivo, até ali chegará o poder de Deus, para arrebatá-los. O Senhor
Jesus que não será visto pelos habitantes da terra, estará nos ares, um espaço
acima das nuvens, esperando a Sua Igreja.
5. O encontro com o Senhor nos ares.
Nenhum escritor ou artista, por mais hábil, jamais
poderá imaginar e avaliar a grandeza do cenário que envolverá o encontro da
Igreja, a “noiva do Cordeiro”, Jesus Cristo nosso Salvador. A idéia do crente
ser por Deus arrebatado não é nova (Ez 3.12, 14; Hb 11.15; At 8.39-40).
6. Num corpo incorruptível. A Igreja será
transformada e revestidos da eternidade e arrebatados “E assim como trouxemos a
imagem do terreno, assim traremos também a imagem celestial. A carne e o sangue
não podem herdar o reino de Deus. Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos
seremos transformados. Pois a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados. Pois convém que isto que é
corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se
revista da imortalidade” (1ª Co 15.49-53). Corpo como dos anjos (Mt 22.30).
Semelhante ao do Cristo ressurreto (1ª Jo 3.26). Livres de limitações terrenas
(Jo 20.19). Num corpo de glória (espiritual) não precisamos de portas para
entrar, pode estar tudo fechado. Assim Jesus entrou, assim nós também seremos.
7. Será um dia como os outros. Muitos dos remidos do
Senhor estarão envolvidos na Sua seara e em oração, outros trabalhando
normalmente misturados com os ímpios, outros estarão nas igrejas, outros
viajando, alguns andando pelas ruas, alguns dormindo por causa do fuso horário,
enfim, será um dia que todos nós estaremos ocupados com alguma coisa e vai ser
bem nesta hora que ninguém estiver esperando que será dada à ordem do Senhor de
tocar a trombeta do arrebatamento.
Esse encontro de ressuscitados e transformados nas
nuvens, será um dos mais belos e alegres eventos. Será de maneira gloriosa com
muito poder e alegria, pois veremos o Senhor que tanto amamos. A partir daí, pela
ordem do Senhor, todos juntos, subirão ao encontro dEle nos ares, quando
tomarão o seu destino que é o céu. Acabam-se sofrimento, angústia, tristeza,
choro, hipocrisias, frio, calor, perigos etc. Agora estamos plenamente seguros
nas mãos de Cristo. E quem nos arrebatará das Suas santas mãos?
O evento constituir-se-á num dos maiores milagres de
todos os tempos, por abranger, de maneira simultaneamente, diversos fatos que
ultrapassam todos os procedentes históricos do conhecimento humano.
XII. A IGREJA
NÃO SERÁ SURPREENDIDA
1. Deus revelara que Elias seria arrebatado. O
Espírito de Deus revelara a Elias (2º Rs 2.3-9), a Eliseu (2º Rs 2.3-5) e aos
profetas (2º Rs 2.3-5) que Elias seria arrebatado. Podiam dizer: “eu sei”. O
aviso do Espírito Santo foi muito claro, pois um acontecimento como este, não
era conhecido antes, mas todos entenderam nitidamente o que estava por
acontecer.
Elias sabia que seria arrebatado, mas nem para
Eliseu ele podia avisar a hora exata, mas somente que ficasse na expectativa
(2º Rs 2.10). Porém ele estava esperando, preparado para qualquer momento
subir. Assim também será absolutamente impossível sondar ou descobrir o dia em
que Jesus há de voltar nas nuvens (Mc 13.32).
Elias vivia sempre preparado e não carecia de um
tempo para um especial preparo, pois para ele o serviço a Deus era a expressão
de uma vida em íntima comunhão com Deus. Assim podemos nós também esperar Jesus
trabalhando e cuidando dos nossos deveres. Jesus falou dos que serão levados na
Sua vinda, que uns estarão no campo, outros estarão moendo e outros dormindo na
cama (Lc 17.34-36). Ele disse também que devemos fazer as obras daquele que nos
enviou enquanto é dia (Jo 9.4). Quando Ele ensinava através da parábola, a
respeito do Senhor que dava minas para que os seus servos negociassem com elas,
disse: “Negociai até que eu venha...” (Lc 19.13).
2. O arrebatamento de Elias. Enquanto Elias e Eliseu
estavam “andando e falando”, veio um carro de fogo e cavalos de fogo (2º Rs
2.11) e os levou. O Senhor tem muitos carros (Sl 68.17), que são seres
espirituais para arrebatarem o profeta Elias (ver também: Ez 1.1-28; 10.122).
3. Elias é um tipo da Igreja. Assim como o Espírito
Santo fez Simeão chegar para o lugar onde Jesus estava, na Sua primeira vinda
(Lc 2.25-29), assim também Ele nos fará subir para o encontro com Jesus na Sua
segunda vinda. Seremos arrebatados (1ª Ts 4.16) para o encontro com Jesus (1ª
Ts 4.17), assim como foi o profeta Elias. Teremos então alcançado o fim da
nossa fé, a completude de nossa salvação (1ª Pe 1.9). Amem!
4. O arrebatamento antes da Tribulação. Paulo
prescreve a igreja tessalônica dizendo: “Mas, irmãos, acerca dos tempos e das
épocas, não necessitais de que se vos escreva. Pois vós mesmos sabeis muito bem
que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite. Mas vós, irmãos, já não estais
nas trevas, para que esse dia vos surpreenda como um ladrão. Todos vós sois
filhos da luz, e filhos do dia. Nós não somos da noite, nem das trevas. Não
durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios. Nós, porém, que
somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e
tomando como capacete a esperança da salvação;” (1ª Ts 5.1-2; 4-6, 8).
O dia do Senhor que Paulo refere-se aqui, é o “Dia
do Senhor”, o dia da ira e do julgamento que serão derramados sobre o mundo
durante a grande tribulação.
“Pois vós...” (os crentes) os filhos da luz os quais
não serão surpreendidos por este dia. No evangelho segundo joão Jesus diz: “Eu
sou a luz do mundo; quem me segue nunca andará na escuridão, mas terá a luz da
vida” (João 8.12). Quem estiver ligado a Ele não está em trevas, ou seja,
estamos com Ele na luz aguardando a sua volta
que nos livra da ira futura (1ª Ts 1.10).
5. O Espírito Santo é quem nos avisará. “É como se
um homem, que, partindo para longe deixasse sua casa, desse autoridade aos seus
servos, a cada um a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse” (Mc 13.34).
“... desse autoridade aos seus servos” Os servos
somos nós a Igreja que servimos o nosso Senhor Jesus aqui nesta terra. O
porteiro é o Espírito Santo. Ele é o sentinela que vai anunciar a chegada do
Noivo: “Mas, à meia-noite ouviu-se um grito: Aí vem o noivo, saí ao seu
encontro” (Mt 25.6). Esse grande personagem que diz: “Aí vem o noivo, saí ao
encontro”, é o Espírito Santo de Deus, é Ele quem convence homem do pecado e do
juízo, é o nosso penhor e quem adorna a Noiva para Seu Noivo.
XIII. QUEM
SERÁ LEVADO NO DIA DO ARREBATAMENTO?
Deus não está preso em dominação. A Bíblia declara
que: “Ele veio purificar para si um povo especial, zeloso e de boas obras” (Tt
2.14).
1. Os que nasceram de novo. “Em verdade em verdade
te digo que quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3).
O novo nascimento é uma transformação de vida e de
mente (Rm 12.1-2). Só vai subir quem nasceu de novo, e vive uma vida de
testemunho e luta pelo Reino de Deus na Terra.
Aqueles que nasceram de novo, arrependeram-se de
seus pecados e esperam a volta de Cristo com certeza subiram ao encontro do
Senhor Jesus.
2. Os que esperam Jesus.
“Assim também
Cristo, oferecendo-se uma só vez, para levar os pecados de muitos, aparecerá a
segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação” (Hb 9.28). Na
parábola das 10 virgens Jesus diz: “Chegou o noivo. As virgens que estavam
preparadas entravam com Ele para as bodas. E fechou-se a porta” (Mt 25.10).
3. Os que ouviram a Palavra do Senhor e creram (Jo
5.24-29).
4. Os que confessaram a fé em Jesus Cristo (Rm
10.9-13).
5. Os que lavaram as vestiduras no sangue do
Cordeiro (Ap 22.14).
6. Os que amaram a vinda de Cristo (2ª Tm 4.8; Ct
8.14).
XIV. QUEM VAI
FICAR NO DIA DO ARREBATAMENTO
Os que ouviram, mas não creram (incrédulos), os
infiéis, os ateus, todos os que praticaram o pecado. Aqueles que andaram
segundo as paixões carnais:
“Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da
carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas
procede do mundo” (1ª João 2.16).
Concupiscência da carne: Qualquer pecado e desejo da
carne: paixões carnais, imoralidades, glutonaria, bebedice, materialismo
manifesto pelos prazeres extravagantes, pelos sentimentos, pelo endeusamento
das gratificações mundanas e perversas (Gl 5.19-21; 1ª Co 6.9-10).
Concupiscência dos olhos: Cobiça, avidez, ambição
desenfreada por riquezas, desejo incontido por aquilo que vê, convicto que
ficará plenamente satisfeito quando tiver o objeto da sua avareza, sendo isso
um engano.
Soberba da vida: Arrogância de viver, orgulho,
jactância, insolência, presunção; o homem que pensa e fala muito de si mesmo e
seus bens e benefícios, suas riquezas, seus feitos, sendo estes quase sempre
falatórios e exageros seus; um petulante convencido e vaidoso.
No livro do Apocalipse o apóstolo João ao encerrar o
livro das revelações para o fim diz: “Mas, quanto aos tímidos, e aos
incrédulos, e aos abomináveis, aos homicidas, e aos fornicários, e aos
feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte no lago de
fogo e enxofre, que é a segunda morte” (Ap 21.8). “Ficarão de fora os cães, os
feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo aquele que ama e
comete a mentira” (Ap 22.15).
O que vai ficar no dia do arrebatamento.
As vestes materiais dos salvos (Ap 19.7-8). Bens
materiais dos crentes (santos). Os templos e casas de oração, casas de moradia,
carros e tudo o que a igreja precisou usar neste mundo.
X. O QUE
ACONTECERÁ NA TERRA APÓS O ARREBATAMENTO
Com o arrebatamento da Igreja, que será a qualquer
momento, terminará na terra o dia da graça de Deus, quando densas trevas do mal
cobrirão o mundo (Sf 1.14-17). Então iniciará a grande tribulação que será um
período de sete anos, que refere-se a última semana da revelação de Daniel
sobre as setenta semanas quando o profeta estava no cativeiro Babilônico.
Após o arrebatamento o mundo ficará em confusão e
colapso. Entrará um grande desespero no mundo pelo fato de desaparecerem os
parentes, haverá desastres dos mais terríveis, haverá aviões e automóveis
descontrolados, os metrôs ficarão sem maquinistas, o colapso será de ordem
mundial, o povo correrá pelas ruas como loucos arrancando os cabelos, a notícia
será dada através de rádios e televisão, todos os meios de comunicação serão
usados para dar a última notícia. O terror, o medo, toma conta de todos. Muitas
indústrias ficarão fechadas e prejudicadas pelo fato de estarem faltando muitos
de seus funcionários.
A terra entrará em pânico total com o
desaparecimento dos filhos de Deus, e em meio a desordem surgirá um ser que
aparentemente solucionará os problemas mundiais trazendo a falsa paz para o
mundo. Apostasia total e generalizada entre os homens (2ª Ts 2.3). Retorno
total dos judeus à sua terra (Is 11.11-12; Os 3.5). Reconstrução do templo de
Jerusalém, o qual será destruído pelo Anticristo, durante a grande tribulação,
ao ser-lhe recusada adoração pelos judeus (2ª Ts 2.4; Ml 24.15; Ap 11.1-2).
Após a Igreja ser arrebatada, começará na terra um
período de sofrimento e de assolação, conhecido como GRANDE TRIBULAÇÃO.