2021 TEMPO DE
MANIFESTAR O FRUTO DO ESPÍRITO
AMOR - GOZO - PAZ - LONGANIMIDADE - BENIGNIDADE
BONDADE - FÉ - MANSIDÃO - TEMPERANÇA
GÁLATAS
5:22
A VITÓRIA É
NOSSA PELO SANGUE DE JESUS
Palavra
PASTORAL
O FRUTO DO ESPÍRITO
O fruto do Espírito é a expressão da natureza e caráter de
Cristo através do crente. É a reprodução
da vida de Cristo na vida do cristão.
O Espírito Santo deseja mudar o nosso caráter, através da
conversão a Cristo.
A Palavra de Deus na Epístola do apóstolo Paulo aos Gálatas
5.19 a 21 assegura que as obras da carne
são conhecidas as quais são: Prostituição, impureza, lascívia, idolatria,
feitiçarias, inimizades, porfias,
ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a
respeito das quais eu vos declaro como já,
outrora, vos preveni que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas
praticam.
Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver
íntegro e honesto que a Bíblia chama de
“O Fruto do Espírito”, em Gálatas 5.22.
Mas o fruto do Espírito é: Amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, caridade,
bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não
há lei. E os que são de Cristo Jesus
crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no
Espírito.
O apóstolo Paulo põe o paradoxo das possibilidades de vida
em duas expressões: o cristão não deve
produzir as obras da carne, mas, antes, o fruto do Espírito Santo.
Nota-se que as obras da carne estão no plural, enquanto que
o fruto do Espírito está no singular. O
escritor dessa carta quis deixar claro que elas são múltiplas e que o crente
não se deixa escravizar por todas elas
de uma só vez. Paulo termina a frase, acrescentando um “e coisas semelhantes a estas”, deixando
claro que a lista das possibilidades em
permanecer no erro não se limita somente nos citados no versículo 19.
Ao se referir ao fruto, o autor da epístola recomenda como
deve ser o “modus vivendi”, usando a
expressão “fruto do Espírito” no singular.
Considerando que cada árvore só dá um tipo de fruto, segundo
a sua espécie, constata-se que o fruto
do Espírito é indivisível. É plano de Deus repartir os dons do Espírito, “distribuindo-os como lhe apraz, a cada um individualmente”
(1 Co 12.11). Entretanto o Senhor não
reparte o fruto, pois o fruto do Espírito não pode ser vivido e repartido
entre os membros da igreja, dando-se a
um o amor e a outro longanimidade.
As virtudes do fruto do Espírito não são para ser escolhidas,
mas devem compor, na sua totalidade, a
bagagem de todo cristão, haja vista ser um só fruto.
Não existe hierarquia na relação entre as virtudes do fruto
do Espírito, ou seja, o amor não é mais
importante porque na relação dessas virtudes vem em primeiro lugar. O
domínio próprio por sua vez, não é menos
importante porque vem por último na lista. Ambos, como as demais virtudes, são aspectos do
mesmo fruto.
OS ASPECTOS DO FRUTO SÃO:
O fruto do Espírito apresenta-se através de nove aspectos ou virtudes. Todos os seus aspectos são partes integrantes de um único desenvolvimento espiritual implantado pelo Espírito Santo.
A vida espiritual, na plenitude de seu desenvolvimento, não consiste em resoluções morais e esforços humanos, mas na proporção que o crente permite que o Espírito Santo dirija e influencie
sua vida (Rm 8.5-14; 2 Co 6.6; Ef 4.2,3;
5.9; Cl 3.12-15; 2 Pe 1.4-9; Ef 3.19).
Assim sendo, o resultado será o
crescimento e maturidade espiritual.
Esses aspectos ou virtudes do fruto do Espírito, podem ser classificados da seguinte forma: a) Hábitos mentais; b) Qualidades sociais; c) Princípios gerais de conduta.
I – HÁBITOS MENTAIS
1) AMOR (gr. ágape)
ou CARIDADE.
Diz respeito ao amor que Deus derramou em nosso coração, pelo Espírito Santo
que nos foi dado, resultando no amor a
Deus e ao próximo. Trata-se de um amor
altruísta, não egoísta, nem egocêntrico,
que ama até os inimigos. Visa
principalmente o interesse e a busca do
bem maior de outra pessoa sem nada querer
em troca (Rm 5.5; 1 Co 13; Ef 5.2; Cl
3.14).
2) GOZO (gr. Chara)
ALEGRIA ou REGOZIJO.
Profundo regozijo do coração. O verdadeiro gosto de viver a alegria no Senhor, independente das circunstâncias. A sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, são bênçãos que pertencem aqueles que creem em Cristo (Sl 119.16; 2 Co 6.10; 12.9; Sl 30.5; Rm
12.12; Fp 4.4; 1 Pe 1.8; Fp 1.14).
3) PAZ (gr. eirene).
Quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial. Atitude de serenidade, calma e força, tranquilidade e quietude de espírito, produzida pelo Espírito Santo, mesmo na adversidade e nas tribulações. Essa paz deriva de
nossa perfeita confiança em Deus,
guardando os nossos corações da
ansiedade (Sl 34.14; 119.165; Jo 14.27;
Rm 15.33; Fp 4.6,7; 1 Ts 5.23; Hb
13.20).
II – QUALIDADES
SOCIAIS
4) LONGANIMIDADE (gr.
Makrothumia) ou PACIÊNCIA.
Paciência passiva debaixo das injúrias ou danos sofridos. Diz respeito à
perseverança, ser tardio para irar-se ou
para o desespero. Paciência para com as
pessoas, suas fraquezas, falhas,
ignorâncias, demoras. É o oposto da
irritação, da ira, da vingança (Pv
16.32; Ef 4.2; Cl 3.12; 2 Tm 3.10; Hb 12.1).
5) BENIGNIDADE (gr.
chrestotes).
Amabilidade, brandura, compaixão e misericórdia. A bondosa disposição para com o próximo. Não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Sl
103.17; Lc 6.35; Ef 4.32; Cl 3.12; 1 Pe
2.3).
6) BONDADE (gr. Anathosune) ou RETIDÃO.
Beneficência ativa. Zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal. Pode ser expressa em atos de bondade ou na repreensão e na correção do mal. É a generosidade em ação para com outras pessoas. É um passo além da benignidade (Sl 23.6; Pv 21.21; 11.17; Mt 21.12,13; Lc
7.37-50; At 11.24).
III – PRINCÍPIOS
GERAIS DE CONDUTA
7) FIDELIDADE (gr.
Pistis) ou FÉ.
Lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade. Confiabilidade total, lealdade.
OS ASPECTOS DO FRUTO SÃO:
Qualidades que torna uma pessoa digna de confiança. O crente deve usar
de fidelidade para com Deus e a sua
Palavra, bem como para com o próximo (Mt
23.23; 25.23; Lc 16.10; Rm 3.3; 1 Co
4.2; 1 Tm 6.12; 4.7; Tt 2.10; Ap 2.10).
8) MANSIDÃO (gr. Prautes).
O temperamento especialmente cristão de não defender de unhas e dentes os próprios direitos. Moderação associada à força e à coragem. Descreve alguém que pode irar-se com equidade quando for necessário e também, humildemente submeter-se quando for necessário. Significa que brandura, humildade, suavidade e gentileza estão presentes
(Sl 37.11; Mt 5.5; Ef 4.1,2; Cl 3.12; 2
Tm 2.25; 1 Pe 3,15). Exemplos: Jesus
(confira Mt 11.29 com 23; Mc 3.5); Paulo
(confira 2 Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9);
Moisés (confira Nm 12.3 com Êx
32.19,20).
9) TEMPERANÇA (gr. egkrateia) ou DOMÍNIO PRÓPRIO.
Força interior pela qual o crente se controla.
Autocontrole, autodisciplina, temperança e moderação. Controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões,
inclusive a fidelidade aos votos
conjugais. Pureza (At 24.35; 1 Co 7.9;
Fp 4.5; Tt 1.18; 2.5,6; 2 Pe 1.6).
DISTINÇÃO ENTRE OS DONS ESPITUAIS E O FRUTO DO ESPÍRITO
1. Os dons são dados - O fruto é gerado.
2. Os dons vêm após o batismo no Espírito Santo - O fruto é na conversão.
3. Os dons são de fora para dentro - O fruto vem do interior.
4. Os dons já vêm completos - O fruto requer tempo para crescer.
5. Os dons são dotação de poder para o crente - O fruto expressa o seu caráter.
6. Os dons vêm pelo Espírito - O fruto vem por Jesus.
7. Os dons são distintos - O fruto é indivisível.
8. Os dons conferem poder - O fruto confere autoridade.
9. Os dons comunicam espiritualidade - O fruto irrepreensão.
10. Os dons identificam o que fazemos - O fruto mostra o que somos.
11. O mais interessante é que os dons podem ser imitados - Porém o fruto nunca o será.
O ensino final de Paulo sobre o Fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado.
O crente pode, e realmente deve praticar essas virtudes continuamente, nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.
O fruto do Espírito é uma obra espontânea do Espírito Santo dentro de nós. O
Espírito produz certos traços de caráter
que são encontrados na natureza de Cristo.
Se quisermos que o fruto do Espírito cresça em nós, devemos unir nossa vida à dele (Jo 15.4,5). Devemos conhecê-lo, amá-lo, lembrá-lo e imitá-lo.
Que o Senhor nosso Deus nos desperte e nos ajude a melhorar a qualidade de vida espiritual neste novo ano que se inicia, através da manifestação do fruto do Espírito, a fim de que glorifiquemos o Seu santo nome, cumprindo com a nossa sublime missão de sal da terra e luz do mundo, lembrando que o sal diz respeito ao nosso caráter cristão e a
luz está relacionada com o nosso
testemunho cristão.
“Soli Deo Gloria”!
Pastor Samuel
Mendes de Sales
Diretor do Instituto Teológico “Ap Terezinho Martins da Rocha”
Créditos ao Pr Wagner Gaby