quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Os Frutos do Espirito Santo

 

 

                    2021 TEMPO DE MANIFESTAR  O FRUTO DO ESPÍRITO 

 

AMOR - GOZO - PAZ - LONGANIMIDADE - BENIGNIDADE BONDADE - FÉ - MANSIDÃO - TEMPERANÇA

GÁLATAS 5:22

 

A VITÓRIA É NOSSA PELO  SANGUE  DE JESUS


 

Palavra

PASTORAL

O FRUTO DO ESPÍRITO

O fruto do Espírito é a expressão da natureza e caráter de Cristo através do crente. É a  reprodução da vida de Cristo na vida do cristão.

O Espírito Santo deseja mudar o nosso caráter, através da conversão a Cristo.

A Palavra de Deus na Epístola do apóstolo Paulo aos Gálatas 5.19 a 21 assegura que as obras  da carne são conhecidas as quais são: Prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias,  inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices,  glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro como já,  outrora, vos preveni que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.

Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a  Bíblia chama de “O Fruto do Espírito”, em Gálatas 5.22. 

Mas o fruto do Espírito é: Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, caridade,  bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os  que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se  vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.

O apóstolo Paulo põe o paradoxo das possibilidades de vida em duas expressões: o cristão  não deve produzir as obras da carne, mas, antes, o fruto do Espírito Santo.

Nota-se que as obras da carne estão no plural, enquanto que o fruto do Espírito está no  singular. O escritor dessa carta quis deixar claro que elas são múltiplas e que o crente não  se deixa escravizar por todas elas de uma só vez. Paulo termina a frase, acrescentando  um “e coisas semelhantes a estas”, deixando claro que a lista das possibilidades em  permanecer no erro não se limita somente nos citados no versículo 19.

Ao se referir ao fruto, o autor da epístola recomenda como deve ser o “modus vivendi”,  usando a expressão “fruto do Espírito” no singular.

Considerando que cada árvore só dá um tipo de fruto, segundo a sua espécie, constata-se  que o fruto do Espírito é indivisível. É plano de Deus repartir os dons do Espírito,  “distribuindo-os como lhe apraz, a cada um individualmente” (1 Co 12.11). Entretanto o  Senhor não reparte o fruto, pois o fruto do Espírito não pode ser vivido e repartido entre  os membros da igreja, dando-se a um o amor e a outro longanimidade.

As virtudes do fruto do Espírito não são para ser escolhidas, mas devem compor, na sua  totalidade, a bagagem de todo cristão, haja vista ser um só fruto.

Não existe hierarquia na relação entre as virtudes do fruto do Espírito, ou seja, o amor não  é mais importante porque na relação dessas virtudes vem em primeiro lugar. O domínio  próprio por sua vez, não é menos importante porque vem por último na lista. Ambos,  como as demais virtudes, são aspectos do mesmo fruto.

 

 

OS ASPECTOS  DO FRUTO SÃO:

O fruto do Espírito apresenta-se através  de nove aspectos ou virtudes. Todos os  seus aspectos são partes integrantes de  um único desenvolvimento espiritual  implantado pelo Espírito Santo.

A vida espiritual, na plenitude de seu  desenvolvimento, não consiste em  resoluções morais e esforços humanos,  mas na proporção que o crente permite  que o Espírito Santo dirija e influencie sua  vida (Rm 8.5-14; 2 Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl  3.12-15; 2 Pe 1.4-9; Ef 3.19). Assim sendo, o  resultado será o crescimento e maturidade  espiritual.

Esses aspectos ou virtudes do fruto do  Espírito, podem ser classificados da  seguinte forma: a) Hábitos mentais; b)  Qualidades sociais; c) Princípios gerais de  conduta.

 

I – HÁBITOS MENTAIS

 

1) AMOR (gr. ágape) ou CARIDADE.

Diz respeito ao amor que Deus derramou  em nosso coração, pelo Espírito Santo que  nos foi dado, resultando no amor a Deus e  ao próximo. Trata-se de um amor altruísta,  não egoísta, nem egocêntrico, que ama  até os inimigos. Visa principalmente o  interesse e a busca do bem maior de outra  pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5;  1 Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).

 

2) GOZO (gr. Chara) ALEGRIA ou  REGOZIJO.

Profundo regozijo do coração. O  verdadeiro gosto de viver a alegria no  Senhor, independente das circunstâncias.  A sensação de alegria baseada no amor,  na graça, nas bênçãos, nas promessas e  na presença de Deus, são bênçãos que  pertencem aqueles que creem em Cristo  (Sl 119.16; 2 Co 6.10; 12.9; Sl 30.5; Rm 12.12; Fp  4.4; 1 Pe 1.8; Fp 1.14).

 

 

 

 

3) PAZ (gr. eirene).

Quietude de coração e mente, baseada  na convicção de que tudo vai bem entre  o crente e seu Pai celestial. Atitude de  serenidade, calma e força, tranquilidade  e quietude de espírito, produzida pelo  Espírito Santo, mesmo na adversidade e  nas tribulações. Essa paz deriva de nossa  perfeita confiança em Deus, guardando  os nossos corações da ansiedade (Sl 34.14;  119.165; Jo 14.27; Rm 15.33; Fp 4.6,7; 1 Ts 5.23;  Hb 13.20).

 

II – QUALIDADES SOCIAIS

 

4) LONGANIMIDADE (gr. Makrothumia)  ou PACIÊNCIA.

Paciência passiva debaixo das injúrias ou  danos sofridos. Diz respeito à perseverança,  ser tardio para irar-se ou para o desespero.  Paciência para com as pessoas, suas  fraquezas, falhas, ignorâncias, demoras. É  o oposto da irritação, da ira, da vingança  (Pv 16.32; Ef 4.2; Cl 3.12; 2 Tm 3.10; Hb 12.1).

 

5) BENIGNIDADE (gr. chrestotes).

Amabilidade, brandura, compaixão e  misericórdia. A bondosa disposição para  com o próximo. Não querer magoar  ninguém, nem lhe provocar dor (Sl 103.17;  Lc 6.35; Ef 4.32; Cl 3.12; 1 Pe 2.3).

6) BONDADE (gr. Anathosune) ou  RETIDÃO.

Beneficência ativa. Zelo pela verdade  e pela retidão, e repulsa ao mal. Pode  ser expressa em atos de bondade ou na  repreensão e na correção do mal. É a  generosidade em ação para com outras  pessoas. É um passo além da benignidade  (Sl 23.6; Pv 21.21; 11.17; Mt 21.12,13; Lc 7.37-50;  At 11.24).

 

III – PRINCÍPIOS GERAIS DE CONDUTA

 

7) FIDELIDADE (gr. Pistis) ou FÉ.

Lealdade constante e inabalável a  alguém com quem estamos unidos por  promessa, compromisso, fidedignidade e  honestidade. Confiabilidade total, lealdade.

 

 

OS ASPECTOS  DO FRUTO SÃO:

Qualidades que torna uma pessoa  digna de confiança. O crente deve usar de  fidelidade para com Deus e a sua Palavra,  bem como para com o próximo (Mt 23.23;  25.23; Lc 16.10; Rm 3.3; 1 Co 4.2; 1 Tm 6.12;  4.7; Tt 2.10; Ap 2.10).

8) MANSIDÃO (gr. Prautes).

O temperamento especialmente cristão  de não defender de unhas e dentes os  próprios direitos. Moderação associada  à força e à coragem. Descreve alguém  que pode irar-se com equidade quando  for necessário e também, humildemente  submeter-se quando for necessário.  Significa que brandura, humildade,  suavidade e gentileza estão presentes (Sl  37.11; Mt 5.5; Ef 4.1,2; Cl 3.12; 2 Tm 2.25; 1 Pe  3,15). Exemplos: Jesus (confira Mt 11.29 com  23; Mc 3.5); Paulo (confira 2 Co 10.1 com  10.4-6; Gl 1.9); Moisés (confira Nm 12.3 com  Êx 32.19,20).

 

9) TEMPERANÇA (gr. egkrateia) ou  DOMÍNIO PRÓPRIO.

Força interior pela qual o crente se controla. 

Autocontrole, autodisciplina, temperança  e moderação. Controle ou domínio sobre  nossos próprios desejos e paixões, inclusive  a fidelidade aos votos conjugais. Pureza (At  24.35; 1 Co 7.9; Fp 4.5; Tt 1.18; 2.5,6; 2 Pe 1.6).

 

DISTINÇÃO ENTRE OS DONS ESPITUAIS  E O FRUTO DO ESPÍRITO 

 

1. Os dons são dados - O fruto é gerado.

 

2. Os dons vêm após o batismo no Espírito  Santo - O fruto é na conversão. 

 

3. Os dons são de fora para dentro - O fruto  vem do interior.

 

4. Os dons já vêm completos - O fruto  requer tempo para crescer.

 

5. Os dons são dotação de poder para o  crente - O fruto expressa o seu caráter.  

 

6. Os dons vêm pelo Espírito - O fruto vem  por Jesus. 

 

7. Os dons são distintos - O fruto é indivisível.

 

8. Os dons conferem poder - O fruto  confere autoridade.

 

9. Os dons comunicam espiritualidade - O  fruto irrepreensão. 

 

10. Os dons identificam o que fazemos - O  fruto mostra o que somos. 

 

11. O mais interessante é que os dons  podem ser imitados - Porém o fruto nunca  o será. 

 

 

O ensino final de Paulo sobre o Fruto do  Espírito é que não há qualquer restrição  quanto ao modo de viver aqui indicado.

O crente pode, e realmente deve praticar  essas virtudes continuamente, nunca  haverá uma lei que lhes impeça de viver  segundo os princípios aqui descritos.

 

O fruto do Espírito é uma obra espontânea  do Espírito Santo dentro de nós. O Espírito  produz certos traços de caráter que são encontrados na natureza de Cristo. 

 

Se quisermos que o fruto do Espírito cresça  em nós, devemos unir nossa vida à dele  (Jo 15.4,5). Devemos conhecê-lo, amá-lo,  lembrá-lo e imitá-lo.

Que o Senhor nosso Deus nos desperte  e nos ajude a melhorar a qualidade de  vida espiritual neste novo ano que se  inicia, através da manifestação do fruto  do Espírito, a fim de que glorifiquemos  o Seu santo nome, cumprindo com a  nossa sublime missão de sal da terra e  luz do mundo, lembrando que o sal diz  respeito ao nosso caráter cristão e a luz  está relacionada com o nosso testemunho  cristão.

 

“Soli Deo Gloria”!

 

        Pastor Samuel Mendes de Sales

Diretor do Instituto Teológico “Ap Terezinho Martins da Rocha”


Créditos ao Pr Wagner Gaby