O Estado
Intermediário dos Mortos
Um dos assuntos mais divergentes entre as igrejas é a respeito da condição dos mortos, esse artigo nao esgota o assunto mas quero mostrar pontos importantes a cerca do que ocorre após a morte.
O mesmo Jesus em Lucas 16:19-31 conta a parábola do rico e de Lazaro, estes após morrerem foram levados a lugares diferentes, o rico ao hades ou sheol [(Hades e Sheol. O termo haídes é o equivalente
grego da palavra hebraica she'óhl, usualmente trasnsliterada para o
português por Sheol, e aplica-se à sepultura comum da população (em
contraste com a palavra grega Táfos, uma sepultura individual)]; assim sendo a bíblia diz que o rico nao podia sair de onde estava e nem tampouco Lazaro que se encontrava no seio de Abraão poderia sair.
“Assim entendemos que a morte física não é o fim. Temos esperanças,
garantia de que, quando Cristo voltar, “os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro?” (1 Ts 4.16).
O homem é uma alma que tem dois corpos, um corpo material e um corpo espiritual, para se relacionar nos dois mundos simultaneamente,(mundo espiritual e mundo material)
Se há corpo natural, há também corpo espiritual. 1 Coríntios 15:44;
E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes
aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo. Mateus 10:28;
E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e
alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. 1 Tessalonicenses 5:23.
Observe as passagens acima que esclarece que o corpo físico morre, porem o corpo espiritual (espirito) volta para o domínio de Deus; se o individuo morreu salvo, seu espirito vai para o paraíso (cativeiro), mas se morreu sem salvação, seu espirito vai para um lugar de tormento (Lucas 16:24).
Antes da encarnação de Jesus Cristo os salvos mortos ficavam no mesmo plano (nível) que os perdidos, tendo um abismo separando ambos; porem no advento da morte de Cristo, (Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Efésios 4:8) o mesmo Jesus subindo ao céu levou o cativeiro (paraíso) ao céu, assim quem morre salvo agora sobe e não mais desce.
O ladrão na cruz ao lado de Jesus reconhece os seus pecados e pede para Jesus lembrar dele quando estivesse no Reino, mas Jesus garante a salvação para Ele, mas não o reino, Jesus não promete o reino, pois o reino estava distante, mas o paraíso (lugar dos mortos salvos) este sim, foi garantido; Jesus morreu e foi para lá juntamente com aquele ladrão.
Jesus morreu e foi ao paraíso (hades, Seol, Inferno) mas não permaneceu lá ( Atos 2:27; Salmos 3:5; Atos 2:32),
O Sheol como Habitação dos Mortos
Os hebreus compartilhavam com seus vizinhos, do
conceito da existência de uma região ocupada pelos mortos, onde eles
sobreviviam à morte física, mas onde a existência seria em meio a
sombras. “...antes eu vá para o lugar de que não
voltarei, para a terra das trevas e da sombra da morte; terra de negridão, de
profunda escuridade, terra da sombra e da morte e do caos, onde a própria luz é
tenebrosa” (Jó 10.21, 22). Pensavam assim pois ainda nao conheciam sobre a ressurreição dos mortos.
Lugar de
Almas Desincorporadas, Conscientes
O Sheol, é um lugar onde as almas, desfrutam de
existência contínua, em vez de ser um lugar de aniquilamento, conforme alguns,
equivocadamente, têm ensinado. Na verdade, os habitantes do Sheol não estão
fora do alcance de Deus. “Se subo aos
céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo (no hebraico, Sheol), lá estás também” (Sl 139.8). “O além (no hebraico Sheol), está desnudo perante
ele, e não há coberta para o abismo (no hebraico, abaddon)” (Jó 26.6). Entretanto, no Antigo Testamento o Sheol não
parece como um lugar de desespero sem esperança. Antes, o próprio Antigo
Testamento por diversas vezes declara que Deus livrará o seu povo do Sheol. Isso ocorreu por ocasião da
descida de Cristo ao Hades, quando “levou
cativo o cativeiro” (Ef 4.7); No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; 1 Pedro 3:19.
Localidade
Imaginária
O Sheol aparece como um lugar subterrâneo: “Mas, se o Senhor criar alguma coisa
inaudita, e a terra abrir a sua boca e os tragar contudo o que é seu, e vivos
descerem ao abismo (no hebraico Sheol),
então conhecereis que estes homens desprezaram o Senhor” (Nm 16.30). Também
era conhecido como um lugar de almas subterrâneas: “As almas dos mortos tremem debaixo das águas, com seus habitantes”
(Jó 26.5).
Hades na
Mitologia Grega
Originalmente, Hades era o nome de deus do submundo
que, segundo os gregos, ficava no seio da terra. Hades era o filho de Cronos
(Tempo), o deus mais alto. Zeus, outro filho de Cronos
finalmente o substituiu através do uso da força. Assim, ele ficou o deus mais
poderoso da mitologia grega. Hades continuava reinando no
submundo compartilhando seu poder com sua esposa, Perséfone. Com o
desenvolvimento da mitologia, o termo Hades começou a ser usado para
significar o próprio submundo, a habitação dos fantasmas de homens
desencarnados.
Conforme Efésios 4.8—10, o “Hades” situa-se nas maiores profundezas da terra. Além do ensino de
Efésios, as referências são ao “Sheol”,
e mostram um lugar situado nas profundezas da terra.
As palavras “Hades”
e “Sheol” aparecem, às vezes,
traduzidas por inferno, como em Dt 32.22; 2 Sm 22.6; Jó 11.8; 26.6; Ap 1.18,
etc. Um estudante menos avisado pode partir daí para falsas interpretações. O
inferno propriamente dito, o inferno eterno, como destino final dos ímpios é o
chamado Lago de Fogo e Enxofre, mencionado em Apocalipse 20.10, 14. O “Hades”
é apenas um inferno – prisão onde os ímpios permanecem entre a morte e a
ressurreição deles. A ressurreição dos ímpios ocorrerá por ocasião do Juízo do
Grande Trono Branco, após o reino milenar de Cristo (Ap 20.7, 11—15).
A Situação
Depois da Ressurreição de Jesus
Jesus, antes de morrer por nós, prometeu aos seus que
“as portas do Hades não prevalecerão
contra ela (a Igreja)” (Mt 16.18). Isto mostra que os fiéis de Deus, a
partir dos dias de Jesus, não mais desceriam ao “Hades”, isto é, a divisão
reservada ali para os justos. A mudança ocorreu entre a morte e a ressurreição
do Senhor, pois ele disse ao ladrão arrependido: “Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Paulo disse a respeito
do assunto: “Quando ele subiu as alturas,
se não que também havia descido até as regiões inferiores da terra?” (Ef
4.8, 9).
Entende-se pois que Jesus, ao ressuscitar, elevou para
o céu os crentes do Antigo Testamento que estavam no “Seio de Abraão”.
O apóstolo Paulo foi ao paraíso, que já estava no
terceiro céu (2 Co 12.1—14). Portanto, o paraíso está agora lá em cima, na
imediata presença de Deus. Não embaixo como dantes.
A Presente
Situação dos Ímpios Mortos
Para estes não houve qualquer alteração quanto ao seu
estado, continuam descendo ao “Hades”,
o império da morte, onde ficarão retidos em sofrimento consciente até o juízo
do Grande Trono Branco, após o Milênio, quando ressuscitarão para serem
julgados e postos no eterno “Lago do Fogo” (Ap 20.13—15).
A Morte
Física do Crente
Embora o crente em Cristo tenha certeza da vida
ressurreta, não deixará de experimentar a morte física (caso morra antes do arrebatamento da igreja). O crente, porém, encara
a morte de modo diferente do incrédulo. Seguem-se algumas das verdades na
Bíblia a respeito da morte do crente.
a. A morte, para os salvos, não é o fim da vida, mas um
novo começo. Neste caso, ela não é um terror (1 Co 15.55—57), mas um meio de
transição para uma vida mais plena. Para o salvo, morrer é ser revestido da
vida e glória celestial (2 Co 5.1—5).
b. A Bíblia refere-se a morte do crente em termos
consoladores. Por exemplo, ela afirma que a morte do santo “Preciosa é a vista do Senhor” (Sl
116.15); ler ainda: Is 57.1—2; Sl 73.24; Lc 16.22; Jo 14.2; Tm 4.8.
c. Quanto ao estado dos salvos, entre a morte e a
ressurreição do corpo, as Escrituras ensinam o seguinte:
No momento da morte, o crente é conduzido para a
presença de Cristo Jesus. Paulo falou: “tendo
o desejo de partir e estar com Cristo o que é incomparavelmente melhor...”
(Fp 1.23):
à Permanece em plena
consciência (Lc 16.19—31);
à O céu é como um lar
(Ap 6.11);
à O viver no céu
incluirá a adoração e o louvor a Deus (Sl 87; Ap 14.2, 3);
à Nos céus, o crente
conservará a sua identidade individual (Mt 8.11; Lc 9.30—32);
Falsos
Conceitos Sobre o Estado Intermediário dos Mortos
Vejamos três
deles:
Purgatório
Por ser um ensino fundamentalmente católico romano, a
doutrina do purgatório deve ser estudada
no contexto do dogma católico em geral. Após a morte, é determinada a condição
do individuo. Os que morreram em estado de impiedade vão diretamente para o
inferno. O sofrimento é proporcional à impiedade do indivíduo e será
intensificado após a ressurreição. Por outro lado, os que estavam num estado perfeito
de graça e penitência vão diretamente para o céu. Aqueles que, embora em estado
de graça, ainda não são espiritualmente perfeitos vão para o purgatório. Para o
catolicismo o purgatório é “um estado de
punição temporária para aqueles que, deixando esta vida na graça de Deus, não
estão inteiramente livres dos pecados veniais ou ainda não pagaram tudo o que
deviam por suas transgressões”. Dependendo da gravidade de suas ofensas, o
tempo em que ficam no purgatório pode durar séculos. Porém esse tempo, segundo
eles, pode ser encurtado por meio de contribuições,
serviços prestados à igreja, orações, missas encomendadas pelos parentes.
Tomás de Aquino argumentou que a purificação que
ocorre após a morte é feita por meio de sofrimentos penais. Nesta vida, podemos
ser purificados por obras de reparação, mas, após a morte, isso já não é
possível. À medida que não conseguimos alcançar a pureza completa por meio das
obras na terra, precisamos ser purificados depois, na vida do porvir. “Essa é a razão” afirmou Tomás, “porque postulamos um purgatório ou um lugar
de purificação”.
A Igreja Católica Romana baseia sua crença no
purgatório tanto na tradição como na sua Escritura. Tertuliano menciona missas
de aniversário pelos mortos, uma prática que insinua uma crença no purgatório.
A autoridade bíblica básica apresentada é Macabeus 12.43—45: “Depois, tendo [Judas Macabeus] organizado
uma coleta individual, enviou a Jerusalém cerca de duas mil dracmas de prata, a
fim de que se oferecesse um sacrifício pelo pecado: agiu assim absolutamente
bem e nobremente, com o pensamento na ressurreição. De fato, se ele não
esperasse que os que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo
rezar pelos mortos. Mas, se considerava que uma belíssima recompensa está
reservada para os que adormecem na piedade, então era santo e piedoso o seu
modo de pensar. Eis por que ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório
pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado”.
O texto do Novo Testamento mais citados é Mateus
12.32, em que Jesus afirma: “Mas, se
alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste
mundo nem no porvir”. Os Católicos Romanos alegam que esse versículo
implica que alguns pecados (isto é, pecados que não o de falar contra o Espírito
Santo) serão perdoados no mundo do porvir, uma interpretação defendida por
Agostinho. Alguns Católicos também citam 1 Coríntios 3.15: “Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele
dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”.
Os principais pontos em nossa rejeição do conceito do
purgatório são:
a. O texto principal a que se recorre está nos
apócrifos, pois não são Escrituras canônicas.
b. A inferência a partir de Mateus 12.32 é um tanto
forçada; o versículo não indica, de maneira nenhuma, que alguns pecados serão
perdoados na vida futura.
c. O texto de 1 Co 3.15 está falando de galardões e não
salvação. Isso implicaria salvação pelas obras. Essa idéia porém, é contrária a
muitos ensinos claros das Escrituras, inclusive Gálatas 3.1—14 e Efésios 2.8,
9. Por conseguinte, o conceito de purgatório – aliás, qualquer concepção que
postule um período de provação e expiação após a morte – deve ser rejeitado.
O Sono da
Alma
Essa é a idéia de que a alma, durante o período entre
a morte a ressurreição, repousa num estado de inconsciência. No século XVI, ao
que parece, muitos anabatistas e socinianos esposavam essa idéia. Uma posição
semelhante é adotada pelos adventistas do sétimo dia. No caso dos adventistas,
porém a expressão “sono da alma”, é
um tanto enganosa. Sugerem em seu lugar, “extinção da alma”, pois após a morte,
para eles , a pessoa não dorme quando morre, mas de fato deixa completamente de
existir e nada sobrevive, pois alma, muitas vezes na Bíblia é apenas sinônimo
de pessoa.
Eis alguns dos seus argumentos:
a. A Bíblia refere-se muitas vezes à morte como sono (1
Ts 4.13, 14; Jo 11.11—14);
b. A morte de Estevão é descrita como sono (At 7.60);
c. Paulo observa: “Tendo
Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu”
(At 13.36).
d. Jesus mesmo disse acerca de Lázaro: “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para
despertá-lo” (Jo 11.11) e, depois, indicou claramente que estava se
referindo à morte (versículo 14).
e. É suposto que a alma não pode agir em separado do
corpo e, portando, não acordará até que se una ao corpo na ressurreição;
f. Parece inadequado que os justos gozem da
bem-aventurança celestial, ou que os injustos sofram no Hades até que ocorra o
juízo (Hb 9.27).
g. Assim quando o corpo deixa de funcionar, a alma, isto
é, a pessoa como um todo deixa de existir. Nada sobrevive à morte física. Não
há tensão, portanto entre a imortalidade da alma e a ressurreição do corpo.
Refutação
O uso do termo “dormir”, para descrever a morte, é
figurado, e trata-se de um eufemismo
(ato de suavizar uma expressão duma idéia substituída a palavra ou expressão
por outra mais agradável, mais polida), para dar ênfase ao fato de a pessoa que
morreu continuar vivendo;
Que o espírito pode agir em separado do corpo fica
claro no tratamento da “morte”, dado por Paulo em 2 Coríntios onde ele diz: “Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo
que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor; vistos que andamos por fé,
e não pelo que vemos. Entretanto estamos em plena confiança, preferindo deixar
o corpo e habitar com o Senhor. É por isso que também nos esforçamos, quer
presentes, para lhe ser agradáveis” (2 Co 5.6—9).
Respondendo a suposição que os homens devem aguardar o
juízo antes de gozar felicidade ou sofrer castigo, Louis Berkhof comenta: “O dia do juízo não é necessário para chegar
a uma decisão relativa à recompensa ou ao castigo de cada individuo, mas apenas
para o anuncio solene da sentença, e para a revelação da justiça de Deus na
presença de homens e anjos”. Jesus disse: “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto
não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3.18). Haverá um juízo dos
crentes para a recompensa pelo serviço, mas não relacionado com sua salvação. A
salvação de cada um está condicionada à fé em Jesus (2 Co 5.10; 1 Co 3.12—15).
Por todas as razões acima, a teoria do sono da alma deve ser rejeitada por ser
inadequada.
Espiritismo
O espiritismo
ensina que os vivos podem comunicar-se com os mortos e vice-versa, geralmente
através de um médium. De fato, as Escrituras proíbem indiscutivelmente qualquer
tentativa nesse sentido (Lv 19.31;
20.6, 27; Dt 18.9—12; Is 8.19, 20; 1 Cr 10.13, 14).
Existem duas explicações para os fenômenos espíritas:
a) São produzidos por manipulações enganosas, como tem
sido bastante provocado;
b) São produzidos por espíritos mentirosos (1 Rs 22.22,
23; 1 Tm 4.1). Em Atos 16, Paulo liberou uma jovem de um espírito de
adivinhação (python), por meio do
qual ela dava grande lucro aos seus donos (At 16.16—19). Não há dúvida de que
espíritos malignos freqüentemente enganam as pessoas que consultam médiuns,
imitando a voz ou a aparência dos mortos queridos.
Notas Sobre
algumas Palavras
Geena
No hebraico, “vale
do Hinom”. Era um vale a sudoeste de Jerusalém, onde, antigamente, era
praticada a adoração a Moloque (2 Rs
23.10). Com o tempo, o local tornou-se o monturo da cidade, onde havia fogo a
queimar continuamente o lixo. Esse nome, pois, tornou-se símbolo da punição
futura. O Novo Testamento incorporou essas descrições. Daí, obtemos a idéia de
chamas literais como a forma de julgamento futuro. Alem disso, a palavra Geena tem sido traduzida por “inferno”, em muitas traduções. Também
podemos supor que a Geena equivale ao “lago
de fogo”, referido no Apocalipse.
Tártaro
De acordo com a mitologia grega, o tártaro era o abismo, existente por
debaixo do Hades, onde Zeus confinara os titãs.
O Tártaro
personificado é um deus, filho de Aether (o ar) e de Gê (a terra). E seria o pai do gigante Tifeu. Aether gerou o
gigante com sua própria mãe, Gê. Mas,
quando está em foco um lugar, o conceito é e um abismo negro, que existirá
muito abaixo da superfície da terra (no centro da terra).
A forma nominal, Tártaro,
não se acha no Novo Testamento mas sua forma verbal, tartaróo encontrar-se em 2 Pe 2.4, que nossa versão portuguesa
traduz como “precipitando-os no inferno”.
Mas outras versões dizem: “precipitando-os
no tártaro”.
Doutrina da
Ressurreição
“Pois assim
também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita
na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em
fraqueza, ressuscita em poder” (1 Cor 15.42, 43).
“Não vos
maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos
ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da
vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do Juízo” (Jo
5.28, 29);
A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das
Escrituras. Refere-se ao ato de Deus, de ressuscitar dentre os mortos o corpo e
reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a
morte e a ressurreição.
Tanto as Escrituras do Antigo Testamento (conforme Hb
11.17—19 com Gn 22.1—4; Sl 16.10 com At 2.24 e os seguintes; Jó 19.25—27; Is
26.19; Dn 12.2; Os 13.14), como as Escrituras do Novo Testamento (Lc 14.13, 14;
20.35, 36; Jo 5.21, 28, 29; 6.39, 40, 44,54; 1 Co 15.22, 23; Fp 3.11; 1 Ts
4.14—16; Ap 20.4—6, 13) ensinam a ressurreição futura do corpo.
A Bíblia é clara em prometer ressurreição aos que
crêem. O Antigo Testamento nos dá algumas declarações diretas, sendo a primeira
Jó 19.25, 26: “Porque eu sei que o meu
redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu
corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus”. Em Isaías 26.19 lemos: “Os vossos mortos e também o meu cadáver
viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o
teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho de vida, e terra dará à luz aos seus
mortos”. Daniel 12.2 ensina a ressurreição do crente e também do perverso:
“E muitos dos que dormem no pó da terra
ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”.
Este versículo contem a referencia mais clara do Antigo Testamento à
ressurreição dos justos e dos ímpios e revela que há dois, e somente dois,
destinos para toda a humanidade.
No Novo
Testamento
1 Co 15.35: “Mas alguém
dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?”
Quando os crentes receberam seu novo corpo se
revestirão da imortalidade (1 Co 15.53). As Escrituras indicam pelo menos três
propósitos nisso:
a. para que os crentes venham a ser tudo quanto Deus
pretendeu para o ser humano, quando criou;
b. para que os crentes venham a conhecer a Deus de modo
completo, conforme Ele quer que eles o conheçam (Jo 17.3);
c. a fim de que Deus expresse o seu amor aos seus
filhos, conforme Ele deseja (Jo 3.16; Ef 2.7; 1 Jo 4.8—16).
Os fieis que estiverem vivos na volta de Cristo, para
buscar os seus, experimentação a mesma transformação dos que morrerem em Cristo
antes do dia da ressurreição deles (1 Co 15.51—54). Receberão novos corpos,
idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de Cristo. Nunca mais
experimentarão a morte física Jesus fala de uma ressurreição da vida, para o crente,
e de uma ressurreição de juízo, para o ímpio (Jo 5.28, 29).
O Novo Testamento contém, igual modo exemplos de
pessoas ressuscitadas dentre os mortos. Não se trata de ressurreição como a que
ocorrerá no segundo advento e no Juízo final, pois essas pessoas morreram mais
tarde passarão pela experiência da ressurreição final como as demais; todavia,
elas prefiguram a última ressurreição.
Por outro lado, a ressurreição de Jesus foi verdadeira
e ideal. Quando Jesus ressuscitou, Ele tornou-se “as primícias dos que dormem” (1 Co 15.20). A sua ressurreição foi a
garantia da ressurreição de todos os crentes: “e juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares
celestiais em Cristo Jesus” (Ef 2.6).
A Natureza
da Ressurreição
A ressurreição será universal. Nem todos têm a vida
eterna, mas todos terão existência eterna. Todas as pessoas serão
ressuscitadas: “os justos para a vida
eterna, os injustos para a condenação eterna”. Todos serão levantados, mas
não todos ao mesmo tempo (Jo 5.28, 29).
A Ressurreição
do Crente Está Assegurada Pela Ressurreição de Cristo
Nossa ressurreição corporal está garantida pela
ressurreição de Cristo (Mt 28.6; At 17.31; 1 Co 15.12, 20—23).
A ressurreição de Jesus Cristo é uma das verdades
essenciais do Evangelho (1 Co 15.1—8). Qual a importância da ressurreição de
Cristo para os que nEle crêem?
1. Ela comprova que Ele é o Filho de Deus (Jo 10.17,
18; Rm 1.4).
2. Garante a eficácia da sua morte redentora (Rm 6.4;
1 Co 15.17).
3. Conforma a verdade das Escrituras (Sl 16.10; Lc
24.44—47; At 2.31).
4. É prova do juízo futuro dos ímpios (At 17.30, 31).
5. É o fundamento pelo qual Cristo concede o Espírito
Santo e a vida espiritual ao seu povo (Jo 20.22; Rm 5.10; 1 Co 15.45), e a base do seu ministério celestial de
intercessão pelo crente (Hb 7.23—28).
6. Garante ao crente a sua futura herança celestial (1
Pe 1.3, 4) e sua ressurreição ou transformação quando o Senhor vier (Jo 14.3; 1
Ts 4.14 e os seguintes).
7. Ela põe à disposição do crente, na sua vida diária,
a presença de Cristo e o seu poder sobre o pecado (Gl 2.20; Ef 1.18—20; Rm
5.10).
Razões
Porque a Ressurreição do Corpo é Necessária
A Bíblia revela três razoes principais por que a
ressurreição do corpo é necessária:
a. O corpo é a parte essencial da total personalidade do
homem: o ser humano é incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que
Cristo oferece abrange a pessoa total, inclusive o corpo (Rm 8.18—25).
b. O corpo é o templo do Espírito Santo (1 Co 6.19); na
ressurreição ele voltará a ser templo do Espírito Santo. E como não?
c. Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas
o derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilado pela
ressurreição (1 Co 15.26).
Especificamente
o Corpo Será
Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será
semelhante ao corpo ressureto de Nosso Senhor (Rm 8.29; 1 Co 15.20, 42—44, 49;
Fp 3.20, 21; 1 Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreição será:
a. O corpo da ressurreição será dado por Deus “Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar...”
(1 Co 15.38). O Corpo ressurreto do crente será imoral e incorruptivel (1 Co
15.42);
b. Um corpo que terá continuidade e identificada com o
corpo atual e que, portanto, será reconhecível (Lc 16.19—31);
c. Um corpo transformado em corpo celestial, apropriado
para o novo céu e a nova terra (1 Co 15.42—44, 47, 48; Ap 21.1);
d. Um corpo imperecível, não sujeito a deterioração e à
morte (1 Co 15.42).
e. Um corpo glorificado, como o de Cristo (1 Co 15.43;
Mt 13.43; Dn 12.3);
f. Um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades nem à
fraqueza (Lc 24.31; 1 Co15.43);
g. Um corpo espiritual (isto é, não natural, mas
sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1 Co
15.44);
h. Um corpo capaz de comer e beber (Lc 14.15; 22.16—18,
30; 24.43; At 10.41), embora não necessário, a penas capaz.
Ocasião da
Ressurreição da Igreja
1. A ressurreição da igreja ocorre na volta de Jesus,
imediatamente antes do arrebatamento, 1
Ts 4.16, 17 “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em
Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e
assim estaremos sempre com o Senhor”.
2. A ressurreição dos crentes é chamada de “primeira ressurreição”, Ap 20.6: “Bem-aventurados e santo é aquele que tem
parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade”.
3. Instantes antes do arrebatamento, ao descer Cristo
do céu para buscar a sua igreja, ocorrerá a ressurreição dos “que morreram em Cristo” (1 Ts 4.16).
4. Não se trata da mesma ressurreição referida em Ap 20.4, a qual somente ocorrerá depois
de Cristo voltar à terra, julgar os ímpios e prender Satanás (Ap 19.11—20.3).
5. A ressurreição de Ap 20.4 tem a veja com os mártires da tribulação e possivelmente
com os santos do Antigo Testamento, Ap 20.6.
6. Ao mesmo tempo que ocorre a ressurreição dos mortos
em Cristo, os crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão de
imortalidade (1 Co 15.51, 53). Isso acontecerá num instante, “num abrir e fechar de olhos” (1 Co
15.52).
7. Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram
de ser transformados serão “arrebatados
juntamente” (1 Ts 4.17) para encontrar-se com Cristo nos ares, ou seja: na
atmosfera entre a terra e o céu. Estarão literalmente unidos com Cristo (1 Ts
4.16, 17), levados à casa do Pai, no céu (Jo 14.2, 3), e reunidos aos queridos
que tinham morrido (1 Ts 4.13—18).
Ressurreição
dos Incrédulos
1. Encontramos no livro do Apocalipse 20.5ª -- “Os restantes dos mortos não viveram até que
se completassem os mil anos”. Portanto, os injustos não serão ressuscitados
por ocasião da segunda vinda de Cristo, mas depois do reinado milenar.
2. Em contraste com a ressurreição acima, esta é a
ressurreição dos não justificados, daqueles que não recebem os benefícios do
julgamento e do castigo vicário de Cristo e que, portanto, precisam enfrentar
para si o Juízo do Grande Trono Branco (Ap 20.11 e os seguintes).
Resumo das Ressurreição
1. A
ressurreição de Cristo (Mt 28.1—10). A ressurreição de Cristo
está bem comprovada historicamente. Depois de ressurgir, Cristo permaneceu na
terra por quarenta dias, aparecendo e falando com os apóstolos e muitos outros
seus seguidores. Suas aparições depois da ressurreição são as seguintes:
a.
a Maria
Madalena (Jo 20.11—18);
b.
às mulheres
que voltavam do sepulcro (Mt 28.9, 10);
c.
a Pedro (Lc
24.34);
d.
aos dois que
iam a caminho de Emaús (Lc 24.13—32);
e.
a todos os
discípulos, exceto Tomé e outros com eles (Lc 24.36—43);
f.
a todos os
discípulos num domingo à noite, uma semana depois (Jo 20.26—31);
g.
a sete
discípulos junto ao mar da Galiléia (jo 21.1—25);
h.
a 500 crentes
na Galiléia (Mt 28.16—20 com 1 Co 15.6);
i.
a Tiago (1 Co
15.7);
j.
aos discípulos
que receberam a Grande Comissão (Mt 28.16—20);
k.
aos
apóstolos, no momento da sua ascensão (At 1.3—11); e
l.
ao apóstolo
Paulo (1 Co 15.8).
2. Uma
ressurreição de corpos seguiu-se à ressurreição de Cristo (Mt 27.52, 53).
O significado deste evento é o prenúncio profético de que a morte e
ressurreição de Cristo garantem a nossa ressurreição gloriosa na sua vinda.
3. A
ressurreição das duas testemunhas do Apocalipse (Ap 11.12),
durante o período da grande tribulação.
a.
Os mártires
do período da grande tribulação sendo ressuscitados no final da tribulação,
quando Cristo retorna à terra para inaugurar o milênio (Ap 20.4);
b.
Os crentes do
Velho Testamento vão de igual modo participar da primeira ressurreição. Alguns
defendem que estes serão ressuscitados com Igreja (1 Ts 4.16, 17), antes da
tribulação; outros defendem que é mais
harmonioso com as Escrituras do Velho Testamento incluir os crentes do Velho
Testamento com aqueles que vão ressuscitar depois da tribulação, porque ambos,
Isaías e Daniel, mencionam a ressurreição dos santos do Velho Testamento
acontecendo após um período de grande sofrimento (Is 26.16—21; Dn 12.1—3).
4. A
ressurreição dos injustos. Depois de 1000 anos, a ressurreição para
o julgamento final (Jo 5.29). A ressurreição do corpo dos ímpios mortos
não foi descrita, sabe-se por meio do profeta Daniel que receberão corpos para
vergonha e desprezo eterno (Dn 12.2b). Eles serão julgados de acordo com suas
obras e serão lançados no lago do fogo (Ap 20.7—15).
Os
Julgamentos
Espero ter colaborado um pouco para vosso crescimento espiritual e tambem tirado alguma duvida;mas creio que na verdade surgiram muito mais duvidas, assim como eu tambem as tenho, pois nao detenho todo conhecimento e ensino de acordo com minha fé;
Que Deus em Cristo Jesus vos abençoe.
Pastor Samuel Mendes de Sales