quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Os Mortos




O Estado Intermediário dos Mortos
 Um dos assuntos mais divergentes entre as igrejas é a respeito da condição dos mortos, esse artigo nao esgota o assunto mas quero mostrar pontos importantes a cerca do que ocorre após a morte.
O mesmo Jesus em Lucas 16:19-31 conta a parábola do rico e de Lazaro, estes após  morrerem foram levados a lugares diferentes, o rico ao hades ou sheol [(Hades e Sheol. O termo haídes é o equivalente grego da palavra hebraica she'óhl, usualmente trasnsliterada para o português por Sheol, e aplica-se à sepultura comum da população (em contraste com a palavra grega Táfos, uma sepultura individual)]; assim sendo a bíblia diz que o rico nao podia sair de onde estava e nem tampouco Lazaro que se encontrava no seio de Abraão poderia sair.
“Assim entendemos que a morte física não é o fim. Temos esperanças, garantia de que, quando Cristo voltar, “os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro?” (1 Ts 4.16).

O homem é uma alma que tem dois corpos, um corpo material e um corpo espiritual, para se relacionar nos dois mundos simultaneamente,(mundo espiritual e mundo material)  
Se há corpo natural, há também corpo espiritual. 1 Coríntios 15:44;  
E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo. Mateus 10:28;  
E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. 1 Tessalonicenses 5:23.
Observe as passagens acima que esclarece que o corpo físico morre, porem o corpo espiritual (espirito) volta para o domínio de Deus; se o individuo morreu salvo, seu espirito vai para o paraíso (cativeiro), mas se morreu sem salvação, seu espirito vai para um lugar de tormento (Lucas 16:24). 
Antes da encarnação de Jesus Cristo os salvos mortos ficavam no mesmo plano (nível) que os perdidos, tendo um abismo separando ambos; porem no advento da morte de Cristo, (Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Efésios 4:8) o mesmo Jesus subindo ao céu levou o cativeiro (paraíso) ao céu, assim quem morre salvo agora sobe e não mais desce.
O ladrão na cruz ao lado de Jesus reconhece os seus pecados e pede para Jesus lembrar dele quando estivesse no Reino, mas Jesus garante a salvação para Ele, mas não o reino, Jesus não promete o reino, pois o reino estava distante, mas o paraíso (lugar dos mortos salvos) este sim, foi garantido; Jesus morreu e foi para lá juntamente com aquele ladrão.

 Jesus morreu e foi ao paraíso (hades, Seol, Inferno) mas não permaneceu lá ( Atos 2:27; Salmos 3:5; Atos 2:32),

O Sheol como Habitação dos Mortos

Os hebreus compartilhavam com seus vizinhos, do conceito da existência de uma região ocupada pelos mortos, onde eles sobreviviam à morte física, mas onde a existência seria em meio a sombras....antes eu vá para o lugar de que não voltarei, para a terra das trevas e da sombra da morte; terra de negridão, de profunda escuridade, terra da sombra e da morte e do caos, onde a própria luz é tenebrosa” (Jó 10.21, 22). Pensavam assim pois ainda nao conheciam sobre a ressurreição dos mortos.

Lugar de Almas Desincorporadas, Conscientes

O Sheol, é um lugar onde as almas, desfrutam de existência contínua, em vez de ser um lugar de aniquilamento, conforme alguns, equivocadamente, têm ensinado. Na verdade, os habitantes do Sheol não estão fora do alcance de Deus. “Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo (no hebraico, Sheol), lá estás também” (Sl 139.8). “O além (no hebraico Sheol), está desnudo perante ele, e não há coberta para o abismo (no hebraico, abaddon)” (Jó 26.6). Entretanto, no Antigo Testamento o Sheol não parece como um lugar de desespero sem esperança. Antes, o próprio Antigo Testamento por diversas vezes declara que Deus livrará o seu povo do Sheol. Isso ocorreu por ocasião da descida de Cristo ao Hades, quando “levou cativo o cativeiro” (Ef 4.7); No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; 1 Pedro 3:19.

Localidade Imaginária

O Sheol aparece como um lugar subterrâneo: “Mas, se o Senhor criar alguma coisa inaudita, e a terra abrir a sua boca e os tragar contudo o que é seu, e vivos descerem ao abismo (no hebraico Sheol), então conhecereis que estes homens desprezaram o Senhor” (Nm 16.30). Também era conhecido como um lugar de almas subterrâneas: “As almas dos mortos tremem debaixo das águas, com seus habitantes” (Jó 26.5).

Hades na Mitologia Grega

Originalmente, Hades era o nome de deus do submundo que, segundo os gregos, ficava no seio da terra. Hades era o filho de Cronos (Tempo), o deus mais alto. Zeus, outro filho de Cronos finalmente o substituiu através do uso da força. Assim, ele ficou o deus mais poderoso da mitologia grega. Hades continuava reinando no submundo compartilhando seu poder com sua esposa, Perséfone. Com o desenvolvimento da mitologia, o termo Hades começou a ser usado para significar o próprio submundo, a habitação dos fantasmas de homens desencarnados.

como já vimos acima, Jesus mesmo relatou o fato descrito em Lucas 16.19—31. É oportuno dizer aqui que essa passagem não é uma parábola. O titulo posto informando que é parábola, vem dos editores da Bíblia, mas não consta do original. Parábola é uma modalidade de narração em que não aparece nomes de pessoas. Além disso, o verbo haver, como está empregado no versículo 19, denota por sua vez um fato real.
Conforme Efésios 4.8—10, o “Hades” situa-se nas maiores profundezas da terra. Além do ensino de Efésios, as referências são ao “Sheol”, e mostram um lugar situado nas profundezas da terra.
As palavras “Hades” e “Sheol” aparecem, às vezes, traduzidas por inferno, como em Dt 32.22; 2 Sm 22.6; Jó 11.8; 26.6; Ap 1.18, etc. Um estudante menos avisado pode partir daí para falsas interpretações. O inferno propriamente dito, o inferno eterno, como destino final dos ímpios é o chamado Lago de Fogo e Enxofre, mencionado em Apocalipse 20.10, 14. O “Hades” é apenas um inferno – prisão onde os ímpios permanecem entre a morte e a ressurreição deles. A ressurreição dos ímpios ocorrerá por ocasião do Juízo do Grande Trono Branco, após o reino milenar de Cristo (Ap 20.7, 11—15).

A Situação Depois da Ressurreição de Jesus

Jesus, antes de morrer por nós, prometeu aos seus que “as portas do Hades não prevalecerão contra ela (a Igreja)” (Mt 16.18). Isto mostra que os fiéis de Deus, a partir dos dias de Jesus, não mais desceriam ao “Hades”, isto é, a divisão reservada ali para os justos. A mudança ocorreu entre a morte e a ressurreição do Senhor, pois ele disse ao ladrão arrependido: “Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Paulo disse a respeito do assunto: “Quando ele subiu as alturas, se não que também havia descido até as regiões inferiores da terra?” (Ef 4.8, 9).
Entende-se pois que Jesus, ao ressuscitar, elevou para o céu os crentes do Antigo Testamento que estavam no “Seio de Abraão”.
O apóstolo Paulo foi ao paraíso, que já estava no terceiro céu (2 Co 12.1—14). Portanto, o paraíso está agora lá em cima, na imediata presença de Deus. Não embaixo como dantes.

A Presente Situação dos Ímpios Mortos

Para estes não houve qualquer alteração quanto ao seu estado, continuam descendo ao “Hades”, o império da morte, onde ficarão retidos em sofrimento consciente até o juízo do Grande Trono Branco, após o Milênio, quando ressuscitarão para serem julgados e postos no eterno “Lago do Fogo” (Ap 20.13—15).

A Morte Física do Crente

Embora o crente em Cristo tenha certeza da vida ressurreta, não deixará de experimentar a morte física (caso morra antes do arrebatamento da igreja). O crente, porém, encara a morte de modo diferente do incrédulo. Seguem-se algumas das verdades na Bíblia a respeito da morte do crente.

a. A morte, para os salvos, não é o fim da vida, mas um novo começo. Neste caso, ela não é um terror (1 Co 15.55—57), mas um meio de transição para uma vida mais plena. Para o salvo, morrer é ser revestido da vida e glória celestial (2 Co 5.1—5).

b. A Bíblia refere-se a morte do crente em termos consoladores. Por exemplo, ela afirma que a morte do santo “Preciosa é a vista do Senhor” (Sl 116.15); ler ainda: Is 57.1—2; Sl 73.24; Lc 16.22; Jo 14.2; Tm 4.8.

c. Quanto ao estado dos salvos, entre a morte e a ressurreição do corpo, as Escrituras ensinam o seguinte:

No momento da morte, o crente é conduzido para a presença de Cristo Jesus. Paulo falou: “tendo o desejo de partir e estar com Cristo o que é incomparavelmente melhor...” (Fp 1.23):

à Permanece em plena consciência (Lc 16.19—31);
à O céu é como um lar (Ap 6.11);
à O viver no céu incluirá a adoração e o louvor a Deus (Sl 87; Ap 14.2, 3);
à Nos céus, o crente conservará a sua identidade individual (Mt 8.11; Lc 9.30—32);

Falsos Conceitos Sobre o Estado Intermediário dos Mortos

Vejamos três deles:

Purgatório

Por ser um ensino fundamentalmente católico romano, a doutrina do purgatório deve ser  estudada no contexto do dogma católico em geral. Após a morte, é determinada a condição do individuo. Os que morreram em estado de impiedade vão diretamente para o inferno. O sofrimento é proporcional à impiedade do indivíduo e será intensificado após a ressurreição. Por outro lado, os que estavam num estado perfeito de graça e penitência vão diretamente para o céu. Aqueles que, embora em estado de graça, ainda não são espiritualmente perfeitos vão para o purgatório. Para o catolicismo o purgatório é “um estado de punição temporária para aqueles que, deixando esta vida na graça de Deus, não estão inteiramente livres dos pecados veniais ou ainda não pagaram tudo o que deviam por suas transgressões”. Dependendo da gravidade de suas ofensas, o tempo em que ficam no purgatório pode durar séculos. Porém esse tempo, segundo eles, pode ser encurtado por meio de contribuições, serviços prestados à igreja, orações, missas encomendadas pelos parentes.
Tomás de Aquino argumentou que a purificação que ocorre após a morte é feita por meio de sofrimentos penais. Nesta vida, podemos ser purificados por obras de reparação, mas, após a morte, isso já não é possível. À medida que não conseguimos alcançar a pureza completa por meio das obras na terra, precisamos ser purificados depois, na vida do porvir. “Essa é a razão” afirmou Tomás, “porque postulamos um purgatório ou um lugar de purificação”.
A Igreja Católica Romana baseia sua crença no purgatório tanto na tradição como na sua Escritura. Tertuliano menciona missas de aniversário pelos mortos, uma prática que insinua uma crença no purgatório. A autoridade bíblica básica apresentada é Macabeus 12.43—45: “Depois, tendo [Judas Macabeus] organizado uma coleta individual, enviou a Jerusalém cerca de duas mil dracmas de prata, a fim de que se oferecesse um sacrifício pelo pecado: agiu assim absolutamente bem e nobremente, com o pensamento na ressurreição. De fato, se ele não esperasse que os que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerava que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormecem na piedade, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis por que ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado”.
O texto do Novo Testamento mais citados é Mateus 12.32, em que Jesus afirma: “Mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir”. Os Católicos Romanos alegam que esse versículo implica que alguns pecados (isto é, pecados que não o de falar contra o Espírito Santo) serão perdoados no mundo do porvir, uma interpretação defendida por Agostinho. Alguns Católicos também citam 1 Coríntios 3.15: “Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”.
Os principais pontos em nossa rejeição do conceito do purgatório são:

a. O texto principal a que se recorre está nos apócrifos, pois não são Escrituras canônicas.

b. A inferência a partir de Mateus 12.32 é um tanto forçada; o versículo não indica, de maneira nenhuma, que alguns pecados serão perdoados na vida futura.

c. O texto de 1 Co 3.15 está falando de galardões e não salvação. Isso implicaria salvação pelas obras. Essa idéia porém, é contrária a muitos ensinos claros das Escrituras, inclusive Gálatas 3.1—14 e Efésios 2.8, 9. Por conseguinte, o conceito de purgatório – aliás, qualquer concepção que postule um período de provação e expiação após a morte – deve ser rejeitado.

O Sono da Alma

Essa é a idéia de que a alma, durante o período entre a morte a ressurreição, repousa num estado de inconsciência. No século XVI, ao que parece, muitos anabatistas e socinianos esposavam essa idéia. Uma posição semelhante é adotada pelos adventistas do sétimo dia. No caso dos adventistas, porém a expressão “sono da alma”, é um tanto enganosa. Sugerem em seu lugar, “extinção da alma”, pois após a morte, para eles , a pessoa não dorme quando morre, mas de fato deixa completamente de existir e nada sobrevive, pois alma, muitas vezes na Bíblia é apenas sinônimo de pessoa.
Eis alguns dos seus argumentos:

a. A Bíblia refere-se muitas vezes à morte como sono (1 Ts 4.13, 14; Jo 11.11—14);

b. A morte de Estevão é descrita como sono (At 7.60);

c. Paulo observa: “Tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu” (At 13.36).

d. Jesus mesmo disse acerca de Lázaro: “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo” (Jo 11.11) e, depois, indicou claramente que estava se referindo à morte (versículo 14).

e. É suposto que a alma não pode agir em separado do corpo e, portando, não acordará até que se una ao corpo na ressurreição;

f. Parece inadequado que os justos gozem da bem-aventurança celestial, ou que os injustos sofram no Hades até que ocorra o juízo (Hb 9.27).

g. Assim quando o corpo deixa de funcionar, a alma, isto é, a pessoa como um todo deixa de existir. Nada sobrevive à morte física. Não há tensão, portanto entre a imortalidade da alma e a ressurreição do corpo.

Refutação

O uso do termo “dormir”, para descrever a morte, é figurado, e trata-se de um eufemismo (ato de suavizar uma expressão duma idéia substituída a palavra ou expressão por outra mais agradável, mais polida), para dar ênfase ao fato de a pessoa que morreu continuar vivendo;
Que o espírito pode agir em separado do corpo fica claro no tratamento da “morte”, dado por Paulo em 2 Coríntios onde ele diz: “Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor; vistos que andamos por fé, e não pelo que vemos. Entretanto estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor. É por isso que também nos esforçamos, quer presentes, para lhe ser agradáveis” (2 Co 5.6—9).
Respondendo a suposição que os homens devem aguardar o juízo antes de gozar felicidade ou sofrer castigo, Louis Berkhof comenta: “O dia do juízo não é necessário para chegar a uma decisão relativa à recompensa ou ao castigo de cada individuo, mas apenas para o anuncio solene da sentença, e para a revelação da justiça de Deus na presença de homens e anjos”. Jesus disse: “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3.18). Haverá um juízo dos crentes para a recompensa pelo serviço, mas não relacionado com sua salvação. A salvação de cada um está condicionada à fé em Jesus (2 Co 5.10; 1 Co 3.12—15). Por todas as razões acima, a teoria do sono da alma deve ser rejeitada por ser inadequada.

Espiritismo

O espiritismo ensina que os vivos podem comunicar-se com os mortos e vice-versa, geralmente através de um médium. De fato, as Escrituras proíbem indiscutivelmente qualquer tentativa nesse sentido (Lv 19.31; 20.6, 27; Dt 18.9—12; Is 8.19, 20; 1 Cr 10.13, 14).

Existem duas explicações para os fenômenos espíritas:

a) São produzidos por manipulações enganosas, como tem sido bastante provocado;

b) São produzidos por espíritos mentirosos (1 Rs 22.22, 23; 1 Tm 4.1). Em Atos 16, Paulo liberou uma jovem de um espírito de adivinhação (python), por meio do qual ela dava grande lucro aos seus donos (At 16.16—19). Não há dúvida de que espíritos malignos freqüentemente enganam as pessoas que consultam médiuns, imitando a voz ou a aparência dos mortos queridos.

Notas Sobre algumas Palavras

Geena
No hebraico, “vale do Hinom”. Era um vale a sudoeste de Jerusalém, onde, antigamente, era praticada a adoração a Moloque (2 Rs 23.10). Com o tempo, o local tornou-se o monturo da cidade, onde havia fogo a queimar continuamente o lixo. Esse nome, pois, tornou-se símbolo da punição futura. O Novo Testamento incorporou essas descrições. Daí, obtemos a idéia de chamas literais como a forma de julgamento futuro. Alem disso, a palavra Geena tem sido traduzida por “inferno”, em muitas traduções. Também podemos supor que a Geena equivale ao “lago de fogo”, referido no Apocalipse.

Tártaro
De acordo com a mitologia grega, o tártaro era o abismo, existente por debaixo do Hades, onde Zeus confinara os titãs.
O Tártaro personificado é um deus, filho de Aether (o ar) e de (a terra). E seria o pai do gigante Tifeu. Aether gerou o gigante com sua própria mãe, . Mas, quando está em foco um lugar, o conceito é e um abismo negro, que existirá muito abaixo da superfície da terra (no centro da terra).
A forma nominal, Tártaro, não se acha no Novo Testamento mas sua forma verbal, tartaróo encontrar-se em 2 Pe 2.4, que nossa versão portuguesa traduz como “precipitando-os no inferno”. Mas outras versões dizem: “precipitando-os no tártaro”.

Doutrina da Ressurreição
Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder” (1 Cor 15.42, 43).
Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do Juízo” (Jo 5.28, 29);
A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras. Refere-se ao ato de Deus, de ressuscitar dentre os mortos o corpo e reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a morte e a ressurreição.
Tanto as Escrituras do Antigo Testamento (conforme Hb 11.17—19 com Gn 22.1—4; Sl 16.10 com At 2.24 e os seguintes; Jó 19.25—27; Is 26.19; Dn 12.2; Os 13.14), como as Escrituras do Novo Testamento (Lc 14.13, 14; 20.35, 36; Jo 5.21, 28, 29; 6.39, 40, 44,54; 1 Co 15.22, 23; Fp 3.11; 1 Ts 4.14—16; Ap 20.4—6, 13) ensinam a ressurreição futura do corpo.
A Bíblia é clara em prometer ressurreição aos que crêem. O Antigo Testamento nos dá algumas declarações diretas, sendo a primeira Jó 19.25, 26: “Porque eu sei que o meu redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus”. Em Isaías 26.19 lemos: “Os vossos mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho de vida, e terra dará à luz aos seus mortos”. Daniel 12.2 ensina a ressurreição do crente e também do perverso: “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”. Este versículo contem a referencia mais clara do Antigo Testamento à ressurreição dos justos e dos ímpios e revela que há dois, e somente dois, destinos para toda a humanidade.

No Novo Testamento

1 Co 15.35: “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?
Quando os crentes receberam seu novo corpo se revestirão da imortalidade (1 Co 15.53). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso:

a. para que os crentes venham a ser tudo quanto Deus pretendeu para o ser humano, quando criou;

b. para que os crentes venham a conhecer a Deus de modo completo, conforme Ele quer que eles o conheçam (Jo 17.3);

c. a fim de que Deus expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja (Jo 3.16; Ef 2.7; 1 Jo 4.8—16).

Os fieis que estiverem vivos na volta de Cristo, para buscar os seus, experimentação a mesma transformação dos que morrerem em Cristo antes do dia da ressurreição deles (1 Co 15.51—54). Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de Cristo. Nunca mais experimentarão a morte física Jesus fala de uma ressurreição da vida, para o crente, e de uma ressurreição de juízo, para o ímpio (Jo 5.28, 29).
O Novo Testamento contém, igual modo exemplos de pessoas ressuscitadas dentre os mortos. Não se trata de ressurreição como a que ocorrerá no segundo advento e no Juízo final, pois essas pessoas morreram mais tarde passarão pela experiência da ressurreição final como as demais; todavia, elas prefiguram a última ressurreição.
Por outro lado, a ressurreição de Jesus foi verdadeira e ideal. Quando Jesus ressuscitou, Ele tornou-se “as primícias dos que dormem” (1 Co 15.20). A sua ressurreição foi a garantia da ressurreição de todos os crentes: “e juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Ef 2.6).

A Natureza da Ressurreição

A ressurreição será universal. Nem todos têm a vida eterna, mas todos terão existência eterna. Todas as pessoas serão ressuscitadas: “os justos para a vida eterna, os injustos para a condenação eterna”. Todos serão levantados, mas não todos ao mesmo tempo (Jo 5.28, 29).

A Ressurreição do Crente Está Assegurada Pela Ressurreição de Cristo

Nossa ressurreição corporal está garantida pela ressurreição de Cristo (Mt 28.6; At 17.31; 1 Co 15.12, 20—23).
A ressurreição de Jesus Cristo é uma das verdades essenciais do Evangelho (1 Co 15.1—8). Qual a importância da ressurreição de Cristo para os que nEle crêem?

1. Ela comprova que Ele é o Filho de Deus (Jo 10.17, 18; Rm 1.4).
2. Garante a eficácia da sua morte redentora (Rm 6.4; 1 Co 15.17).
3. Conforma a verdade das Escrituras (Sl 16.10; Lc 24.44—47; At 2.31).
4. É prova do juízo futuro dos ímpios (At 17.30, 31).
5. É o fundamento pelo qual Cristo concede o Espírito Santo e a vida espiritual ao seu povo (Jo 20.22; Rm 5.10; 1 Co 15.45), e a  base do seu ministério celestial de intercessão pelo crente (Hb 7.23—28).
6. Garante ao crente a sua futura herança celestial (1 Pe 1.3, 4) e sua ressurreição ou transformação quando o Senhor vier (Jo 14.3; 1 Ts 4.14 e os seguintes).
7. Ela põe à disposição do crente, na sua vida diária, a presença de Cristo e o seu poder sobre o pecado (Gl 2.20; Ef 1.18—20; Rm 5.10).

Razões Porque a Ressurreição do Corpo é Necessária

A Bíblia revela três razoes principais por que a ressurreição do corpo é necessária:

a. O corpo é a parte essencial da total personalidade do homem: o ser humano é incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que Cristo oferece abrange a pessoa total, inclusive o corpo (Rm 8.18—25).

b. O corpo é o templo do Espírito Santo (1 Co 6.19); na ressurreição ele voltará a ser templo do Espírito Santo. E como não?

c. Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas o derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilado pela ressurreição (1 Co 15.26).

Especificamente o Corpo Será

Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressureto de Nosso Senhor (Rm 8.29; 1 Co 15.20, 42—44, 49; Fp 3.20, 21; 1 Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreição será:

a. O corpo da ressurreição será dado por Deus “Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar...” (1 Co 15.38). O Corpo ressurreto do crente será imoral e incorruptivel (1 Co 15.42);

b. Um corpo que terá continuidade e identificada com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível (Lc 16.19—31);

c. Um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (1 Co 15.42—44, 47, 48; Ap 21.1);

d. Um corpo imperecível, não sujeito a deterioração e à morte (1 Co 15.42).

e. Um corpo glorificado, como o de Cristo (1 Co 15.43; Mt 13.43; Dn 12.3);

f. Um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades nem à fraqueza (Lc 24.31; 1 Co15.43);

g. Um corpo espiritual (isto é, não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1 Co 15.44);

h. Um corpo capaz de comer e beber (Lc 14.15; 22.16—18, 30; 24.43; At 10.41), embora não necessário, a penas capaz.

Ocasião da Ressurreição da Igreja

1. A ressurreição da igreja ocorre na volta de Jesus, imediatamente antes do arrebatamento, 1 Ts 4.16, 17Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”.

2. A ressurreição dos crentes é chamada de “primeira ressurreição”, Ap 20.6: “Bem-aventurados e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade”.

3. Instantes antes do arrebatamento, ao descer Cristo do céu para buscar a sua igreja, ocorrerá a ressurreição dos “que morreram em Cristo” (1 Ts 4.16).

4. Não se trata da mesma ressurreição referida em Ap 20.4, a qual somente ocorrerá depois de Cristo voltar à terra, julgar os ímpios e prender Satanás (Ap 19.11—20.3).

5. A ressurreição de Ap 20.4 tem a veja com os mártires da tribulação e possivelmente com os santos do Antigo Testamento, Ap 20.6.

6. Ao mesmo tempo que ocorre a ressurreição dos mortos em Cristo, os crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão de imortalidade (1 Co 15.51, 53). Isso acontecerá num instante, “num abrir e fechar de olhos” (1 Co 15.52).

7. Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram de ser transformados serão “arrebatados juntamente” (1 Ts 4.17) para encontrar-se com Cristo nos ares, ou seja: na atmosfera entre a terra e o céu. Estarão literalmente unidos com Cristo (1 Ts 4.16, 17), levados à casa do Pai, no céu (Jo 14.2, 3), e reunidos aos queridos que tinham morrido (1 Ts 4.13—18).

Ressurreição dos Incrédulos

1. Encontramos no livro do Apocalipse 20.5ª -- “Os restantes dos mortos não viveram até que se completassem os mil anos”. Portanto, os injustos não serão ressuscitados por ocasião da segunda vinda de Cristo, mas depois do reinado milenar.

2. Em contraste com a ressurreição acima, esta é a ressurreição dos não justificados, daqueles que não recebem os benefícios do julgamento e do castigo vicário de Cristo e que, portanto, precisam enfrentar para si o Juízo do Grande Trono Branco (Ap 20.11 e os seguintes).

Resumo das Ressurreição

1. A ressurreição de Cristo (Mt 28.1—10). A ressurreição de Cristo está bem comprovada historicamente. Depois de ressurgir, Cristo permaneceu na terra por quarenta dias, aparecendo e falando com os apóstolos e muitos outros seus seguidores. Suas aparições depois da ressurreição são as seguintes:

a.             a Maria Madalena (Jo 20.11—18);
b.            às mulheres que voltavam do sepulcro (Mt 28.9, 10);
c.             a Pedro (Lc 24.34);
d.            aos dois que iam a caminho de Emaús (Lc 24.13—32);
e.             a todos os discípulos, exceto Tomé e outros com eles (Lc 24.36—43);
f.              a todos os discípulos num domingo à noite, uma semana depois (Jo 20.26—31);
g.             a sete discípulos junto ao mar da Galiléia (jo 21.1—25);
h.            a 500 crentes na Galiléia (Mt 28.16—20 com 1 Co 15.6);
i.               a Tiago (1 Co 15.7);
j.              aos discípulos que receberam a Grande Comissão (Mt 28.16—20);
k.            aos apóstolos, no momento da sua ascensão (At 1.3—11); e
l.               ao apóstolo Paulo (1 Co 15.8).

2. Uma ressurreição de corpos seguiu-se à ressurreição de Cristo (Mt 27.52, 53). O significado deste evento é o prenúncio profético de que a morte e ressurreição de Cristo garantem a nossa ressurreição gloriosa na sua vinda.

3. A ressurreição das duas testemunhas do Apocalipse (Ap 11.12), durante o período da grande tribulação.

a.             Os mártires do período da grande tribulação sendo ressuscitados no final da tribulação, quando Cristo retorna à terra para inaugurar o milênio (Ap 20.4);
b.            Os crentes do Velho Testamento vão de igual modo participar da primeira ressurreição. Alguns defendem que estes serão ressuscitados com Igreja (1 Ts 4.16, 17), antes da tribulação;  outros defendem que é mais harmonioso com as Escrituras do Velho Testamento incluir os crentes do Velho Testamento com aqueles que vão ressuscitar depois da tribulação, porque ambos, Isaías e Daniel, mencionam a ressurreição dos santos do Velho Testamento acontecendo após um período de grande sofrimento (Is 26.16—21; Dn 12.1—3).

4. A ressurreição dos injustos. Depois de 1000 anos, a ressurreição para o julgamento final (Jo 5.29). A ressurreição do corpo dos ímpios mortos não foi descrita, sabe-se por meio do profeta Daniel que receberão corpos para vergonha e desprezo eterno (Dn 12.2b). Eles serão julgados de acordo com suas obras e serão lançados no lago do fogo (Ap 20.7—15).

Os Julgamentos

Na Bíblia inteira, Deus é visto como justo Juiz. Ele pronunciou juízos, nos tempos antigos, contra Israel e também contra as nações. No fim desta era, Ele continuará sendo o justo Juiz, só que esse juízo será realizado através do Filho, pois “o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo, para que todos honrem o Filho, como honram o Pai” (Jo 5.22, 23; conforme 2 Tm 4.8).

         Espero ter colaborado um pouco para vosso crescimento espiritual e tambem tirado alguma duvida;mas creio que na verdade surgiram muito mais duvidas, assim como eu tambem as tenho, pois nao detenho todo conhecimento e ensino de acordo com minha fé;

Que Deus em Cristo Jesus vos abençoe.
Pastor Samuel Mendes de Sales

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Pode o solteiro ser Obreiro?

Essa questão é tratada em diversas passagens bíblicas. 
Primeiramente, em I Timóteo 3:2 diz: “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar.” Depois, no verso 12 “O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa.” Mais adiante em Tito 1:6: “Alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados.” 
Essas três passagens têm sido interpretadas por alguns para indicar que o obreiro ou diácono devem ser pessoas casadas.
O assunto não é a condição marital do obreiro ou diácono, mas sua pureza moral e sexual. Essa qualificação encabeça a lista porque os lideres são mais vulneráveis nessa área. Algumas pessoas pensam que a expressão “marido de uma só mulher” significa que os obreiros devem ser casados. Mas isso não é correto. Em grego, a frase “marido de uma só mulher” literalmente se lê: “homem de uma mulher.” Para um homem casado ser considerado apto para uma posição de liderança na igreja, ele deve ser comprometido com sua esposa. 
Essa qualificação está tratando da fidelidade no casamento e da pureza sexual; não do casamento como exigência para ser obreiro. Se fosse assim, o homem teria que ser casado e pai, porque a segunda metade de I Timóteo 3:12 declara que é preciso que o diácono “governe bem seus filhos e a própria casa.” Devemos interpretar dessa forma: se um homem é casado, ele deve ser fiel à esposa; se ele tem filhos, deve governá-los bem.
Alguns pensam que esse requerimento exclui homens solteiros da liderança da igreja. Mas se essa fosse à intenção de Paulo, ele teria desqualificado a si mesmo (ICor 7:8). O homem de uma só mulher é alguém totalmente devotado a sua esposa, mantendo- lhe singular devoção, afeição e pureza sexual. Violar isso é deixar de ser “irrepreensível” (Tito 1:6-7). O apostolo Paulo elogia o estado de solteiro porque ele possibilita mais dedicação ao serviço do Senhor (I Coríntios 7:32-35). Por que Paulo teria restringido homens de posição de liderança da igreja quando ele acreditava que “O solteiro cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor;
Mas o que é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar à mulher.1 Coríntios 7:32,33
”. 
Nos primeiros nove versos desse capitulo, Paulo estabelece que, tanto a vida de casado como a de solteiro são boas e justas diante do Senhor. Os obreiros podem ser casados ou solteiros, contanto que preencham as qualificações de religiosidade assinaladas nas epístolas de I Timóteo e Tito.